Fatma analisa ações na avenida Beira-mar

Apesar de a Justiça Federal estar analisando um pedido do Ministério Público Federal (MPF) de suspensão das obras da avenida Beira-mar Continental, os trabalhos continuam em andamento. “Toda a documentação solicitada pela Justiça foi encaminhada e está sendo analisada”, destacou o secretário-adjunto de Obras de Florianópolis Carlos Schwabe. O avaliação deve ser concluída até sexta-feira por técnicos da Fundação de Meio Ambiente do Estado (Fatma). O MPF solicitou a suspensão das obras à Justiça Federal sob o argumento de que a Prefeitura não teria cumprindo um acordo judicial que previa o monitoramento diário dos parâmetros de turbidez nas águas da baía Sul.

Na avaliação do secretário, cerca de 60% a 65% do aterro hidráulico estão concluídos e em três a quatro meses essa etapa estará pronta. “O cronograma das obras segue de acordo com o previsto”, salientou Schwabe. Depois que o aterro estiver concluído, será iniciado o serviço de monitoramento do adensamento, o que deve se estender por no máximo um mês. Paralelamente ao aterro, está sendo executado o enrocamento com pedras, visando evitar que as águas do mar levem a areia de volta.

Ritmo normal

O passo seguinte será o nivelamento do aterro com saibro, a execução de toda a drenagem na área e a implantação das pistas de rolamento, além de estacionamentos, calçadas e ciclovias. A informação do secretário-adjunto de Obras sobre o prosseguimento normal dos trabalhos é confirmada por engenheiros da empresa que executa os serviços.

A execução do aterro hidráulico modificou completamente a paisagem do bairro Estreito. Onde havia praia existem montes de areia. Entre as residências e o aterro há canais com águas do mar, pluviais e de esgoto, onde urubus, gaivotas e outras aves aproveitam para capturar alimento. Há mau cheiro nas imediações desses canais.
(A Notícia, 28/09/2006)