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Falta de estrutura afeta mobilidade urbana saudável e bem estar de moradores da Capital

A mobilidade urbana de Florianópolis é afetada de forma negativa devido à falta de estrutura para deslocamento de pessoas a pé ou em bicicletas. Essa é uma das conclusões de uma pesquisa de Mobilidade Urbana Saudávelrealizada pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) em conjunto com outras três universidades de outras três cidades abordadas: Oxford, na Inglaterra, e Porto Alegre (RS) e Brasília (DF), no Brasil.

Em Florianópolis, o trabalho foi realizado em três bairros equidistantes da área central: Costeira do Pirajubaé (Sul), Saco Grande (Norte) e Jardim Atlântico (Continente). Nos três bairros, os moradores relataram problemas diários em relação à mobilidade, tanto para chegarem ao Centro da cidade, como para fazer o deslocamento no próprio bairro para acesso às áreas de lazer.

“Os três bairros de Florianópolis foi onde constatamos que as pessoas menos caminham ou andam de bicicleta entre os 11 bairros pesquisados”, afirma a professora do departamento de Saúde da UFSC, Eleonora d’Orsi, que coordenou a coleta de dados da pesquisa em Florianópolis.

A pesquisa teve foco no modal passivo, ou seja, nas formas de deslocamento que exigem algum tipo de atividade física, como a caminhada e a bicicleta, para entender o impacto que a mobilidade urbana tem na saúde e no bem estar da população. “As pessoas nos disseram que gostariam de caminhar e pedalar mais, mas não conseguem, e muito devido à falta de segurança no bairro em relação ao trânsito”, explica.

A Costeira do Pirajubaé é um exemplo gritante dos problemas de estrutura e da falta de segurança alardeadas pelos moradores consultados pela pesquisa. Para acessarem a área de lazer extensa dotada de pista de caminhada e ciclovia, eles precisam atravessar uma rodovia (trecho da SC-401, conhecida como Via Expressa Sul). “Tem sinaleira que não dá tempo suficiente para o morador chegar ao outro lado em segurança”, ressalta d’Orsi.

No bairro Jardim Atlântico, na área continental, uma das dificuldades relatadas é a presença de carros estacionados sobre as calçadas. Já no Saco Grande, a falta de segurança proporcionada pelo fluxo intenso de veículos na SC-401 influencia na decisão das pessoas em não caminhar ou utilizar a bicicleta para fazer o deslocamento. “Encontramos moradores que não saem de casa nunca por conta dessas dificuldades”, afirma.

A pesquisa também captou variadas nuances, algumas muito sutis. Ao ser questionada, uma moradora disse que, para ela, mobilidade saudável era ficar dentro do carro, protegida. “Ou seja, o ambiente externo está tão desfavorável que ela se sente mais tranquila, sozinha, dentro do automóvel, que acaba desistindo das outras formas de deslocamento, mais saudáveis”, enfatiza.

Do ponto de vista da saúde pública, os dados de mobilidade urbana também servem de alerta, segundo D’orsi, pois doenças como hipertensão, diabetes e obesidade estão relacionadas com a forma de viver das cidades.

“Significa que as pessoas realizam pouca atividade física, com menos de 150 minutos por semana, que equivale a menos de 30 minutos por dia”, conclui d’Orsi, para evidenciar a necessidade de melhorias na malha urbana dos bairros para estimular os moradores a desenvolver uma mobilidade urbana saudável.

(Confira matéria completa em ND, 01/07/2019)

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