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Com transporte público precário, manhã é de transtornos em Florianópolis

A quarta-feira amanheceu com a plataforma A do Terminal Integrado do Centro (Ticen) e o Terminal Integrado da Lagoa da Conceição (Tilag) fechados e sem ônibus em Florianópolis. O problema afeta as regiões atendidas pela empresa Transol — uma das integrantes do Consórcio Fênix — que opera os veículos que passam pela Lagoa da Conceição, Santo Antônio de Lisboa, Trindade e outros bairros da região central da Capital. Cerca de 30 ônibus começaram a sair da garagem da empresa a partir das 7h.

A causa do transtorno é a falta de combustível dos veículos. Os caminhões tanque carregados de diesel demoraram para sair de Biguaçu e chegaram em Florianópolis apenas por volta das 6h. De acordo com a Prefeitura de Florianópolis, o abastecimento dos veículos que circulam pela cidade deve demorar duas horas, enquanto o prazo para a frota completa ter combustível deve ser de até seis horas.

A principal reclamação dos passageiros que ficaram do lado de fora do terminal foi a falta de um aviso claro por parte da Prefeitura e do Consórcio Fênix. Cláudia Andrade, de 54 anos, disse que é favorável à greve dos caminhoneiros, mas que a paralisação deve envolver também outras categorias.

— Eu acho assim: se é pra parar, tem que parar tudo. Não ficar pondo ônibus num horário que eles nem avisam a gente. A gente vem de casa e não tem como voltar — desabafa Cláudia, veio de São José e estava a caminho da Carvoeira, mas parou na catraca do terminal por volta das 6h10. Ela recebeu orientação da sua chefe para retornar para casa.

A opinião é semelhante à da doméstica Isabel Cristina Dias, de 46 anos, que saiu de casa às 5 horas em Palhoça e estava a caminho do bairro Córrego Grande. Ela comenta que ainda tentou pediu um veículo de transporte por aplicativo, mas o preço da corrida era de R$ 55 para um trajeto de 10 quilômetros, deixando a trabalhadora sem opção.

— Isso aí é uma falta de respeito com a população, pessoas querendo ir pra médico, pessoas querendo ir pro trabalho, agora tá todo mundo revoltado porque isso é um descaso muito grande. Eles deveriam ter avisado ontem, muita gente vai ser prejudicada no trabalho por causa deles. Não deveriam nem ter tirado o povo de casa — reclama Isabel, que apoia a greve apesar de alguns prejuízos para a população.

Horário diferenciado

Ainda nesta manhã os trabalhadores do transporte coletivo devem realizar uma nova assembleia a partir das 8h30min. A Prefeitura da Capital afirma que já tem combustível suficiente para manter todas as linhas da frota em horário normal durante a semana. A proposta do Executivo é que acabem as paralisações durante o dia, as quais ocorrem fora dos horários de pico.

A partir desta quarta-feira o transporte deve funcionar apenas nos horários de pico. Entre 5h e 8h, das 11h às 14h e das 17h às 20h os ônibus devem circulam com a frota completa e horário de dia útil. Fora desses intervalos, os veículos devem permanecer nas garagens.

Com esse cronograma, a situação no Terminal Integrado do Rio Tavares (Tirio) nesta manhã era de muita fila. Os ônibus em direção do Ticen deixavam o terminal lotados e, com o intenso fluxo de passageiros antes da paralisação programada para as 8h, rapidamente tinham fila novamente.

Uma das pessoas que estava aguardando ônibus era a chefe de cozinha Thais Carvalho, de 39 anos. Ela conta que seu marido trabalha em serviço de transporte por aplicativo mas está sem combustível há uma semana, de forma que o carro está parado em casa e ela é a única que está trabalhando em casa.

— Tá horrível, ônibus lotado e a gente até parece sardinha em lata. Estou indo pro centro, saio às 15h do trabalho mas vou ter que esperar até as 17h pra ir pra casa por causa dos ônibus — desabafa Thais.

Quem também não sabe se vai conseguir voltar para casa é Madeleine Cieslak, de 22 anos, que estava no Tirio a caminho da empresa de materiais hospitalares onde trabalha. Como sai 17h30min, ela estava apreensiva com a possibilidade de faltar transporte para a população, já que pela manhã os ônibus estavam lotados.

— Todos os dias é ruim, mas hoje está pior. Ainda mais porque a Transol está sem ônibus, então ficou muito complicado. Estou vindo do Porto da Lagoa e esperando na fila sem saber se vou conseguir ir até o Centro. Deveriam ter parado de vez do que ficar desse jeito que só prejudica a gente — relata Madeleine, que conseguiu entrar no ônibus logo após conversar com a reportagem.

(DC, 30/05/2018)

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