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Plano B para acesso ao Aeroporto Hercílio Luz

Da Coluna de Rafael Martini (DC, 11/11/2017)

Praticamente 90% das obras do acesso ao Aeroporto Hercílio Luz, no Sul da Ilha de SC, estão prontas ou em ritmo acelerado. No entanto, um pequeno trecho segue tirando o sono do governo do Estado e agora também da Zurich Airports, que assumiu a concessão do Hercílio Luz.

O chamado Lote 01B deveria estar pronto em outubro de 2015, mas até agora não existe nem sequer definição do traçado, mesmo com dois desenhos já postos à mesa, o original e o outro considerado intermediário. No cerne deste impasse, uma questão financeira: a diferença com o desembolso das indenizações ao Tesouro do Estado pode chegar a R$ 60 milhões no custo final. Isto para um trecho de apenas 2,1 quilômetros.

A conta é simples: caso seja mantido o traçado original, o governo teria que desembolsar a bagatela de R$ 100 milhões em indenizações aos proprietários de imóveis do loteamento Santos Dumont, que fica próximo do estádio da Ressacada. Por conta do elevado custo, o Deinfra partiu, então, para um Plano B, com parte da via contornando o loteamento. Esta mudança reduziria o custo do pagamento para retirada dos moradores para módicos R$ 40 milhões. Só que aí entrou em campo uma outra parte interessada: o ICMBio, que gerencia a Reserva Extrativista Marinha Pirajubaé, por onde passa exatamente parte deste trecho intermediário.

O próprio governador Colombo já foi a Brasília para tentar convencer o presidente do ICMBio da importância da obra, custo e coisa e tal. Ouviu que seria atendido, mas na prática o impasse segue. As alegações para discordar do chamado traçado intermediário são as de impacto ambiental.

Diante do imbróglio, o governo do Estado partiu para uma cartada que considera definitiva para a liberação da obra do lote 01B . O Deinfra contratou um detalhado estudo de impacto ambiental e sócio econômico para defender a tese de que o chamado traçado intermediário, contornado o loteamento Santos Dumont, é a melhor alternativa tanto do ponto de vista econômico e com menor impacto junto à Resex Pirajubaé.

O DC teve acesso com exclusividade ao estudo que fundamenta a importância do traçado contornando o loteamento, até mesmo como forma de evitar novas ocupações ao longo da reserva. A partir desta semana, inicia-se a etapa de convencimento técnico de Ministério Público Federal e ICMBio.

O engenheiro Carlos Ferrari, diretor de Planejamento do Deinfra, está otimista com a perspectiva de um acordo para que a obra seja liberada. “Nós no Departamento de Infraestrutura somos os maiores interessados numa solução para este impasse. Tanto que contratamos um estudo técnico para nos ajudar a formar a convicção de que o traçado intermediário é a melhor alternativa”, disse Ferrari.

“Estamos priorizando a solução técnica menos onerosa, com menor impacto ambiental e que cause o menor transtorno para a comunidade“, defendeu o secretário Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro.

O Lote 01B

Única obra ainda sem definição do traçado, propõe uma revisão do desenho original com construção de uma galeria do rio Fazendinha até o viaduto, contornando o loteamento Santos Dumont, próximo da Ressacada. Prevista para começar em outubro de 2015, ainda depende da liberação do ICMBio para começar. Assim que tiver as etapas de licenciamento superadas, levará 12 meses para ser concluída. Custo: R$ 5 milhões.

 

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