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Da Coluna de Carlos Damião (Notícias do Dia, 06/08/2017)

No último sábado de julho (29), o Coreto Maestro Hélio Teixeira da Rosa foi retomado para cumprir sua finalidade primordial: receber apresentações musicais. O grupo Choro Catarina, composto por sete mulheres, ocupou o espaço durante quase duas horas, encantando dezenas de pessoas que passavam pelo local e paravam para aplaudir clássicos do chorinho, o mais brasileiro de todos os gêneros.

O fato chamou a atenção pela forma determinada com que a Fundação Franklin Cascaes reassumiu o coreto, tirando de lá o grupo de moradores de rua que faz do local residência permanente. A superintendente da FFC, professora Roseli Pereira, liderou a pequena equipe da entidade responsável pela realização do espetáculo do Choro Catarina. Os próprios moradores de rua auxiliaram na limpeza. Alguns ficaram para assistir o show. Um deles pedia, com ingenuidade, que as moças tocassem “Roberto Carlos, Roberto Carlos!”.

Recuperar o coreto para que volte a ser palco musical é uma novidade que merece destaque em Florianópolis, dado o completo abandono registrado nos últimos 10 anos. Exceto pelos moradores de rua, raras vezes se registrou algum tipo de atividade no lugar. Um ou outro pastor evangélico aparecia na área, com a Bíblia colocada sobre a estante de partitura utilizada pelos maestros, numa pregação solitária para fiéis imaginários.

História rica

Durante a administração da prefeita Angela Amin (1998-2005) o coreto ganhou o nome de Maestro Hélio Teixeira da Rosa (lei 5.668, de 17 de maio de 2000), em homenagem a um dos mais importantes musicistas catarinenses de todos os tempos.

A gestão de Angela Amin foi a que mais utilizou o coreto para promoções musicais, quase sempre com o produtor cultural Decinho Bortoluzzi à frente. Tornou-se um hábito para os moradores assistir as apresentações de bandas vinculadas às Forças Armandas, Polícia Militar ou a comunidades regionais.

Houve tentativas posteriores de valorização do espaço, mas de forma muito esporádica, em geral nos períodos de datas especiais, como o aniversário de Florianópolis ou festas de fim de ano.

Embora com poucos recursos, como quase todos os órgãos públicos ligados às atividades artísticas, a Fundação Franklin Cascaes pretende manter a programação cultural no coreto. A receita para garantir os espetáculos está na criatividade, na garra dos funcionários da FFC e nas parcerias que podem ser desenvolvidas com a iniciativa privada e com grupos musicais.

Hélio Teixeira da Rosa

Nascido em Florianópolis em 1930, o maestro Hélio Teixeira da Rosa foi funcionário do Banco do Brasil e servidor público no Tribunal de Contas do Estado. Atuou em radioteatro e programas humorísticos e musicais nas rádios Guarujá e Diário da Manhã (anos 1950). Foi violinista, cantor e maestro de corais e orquestras. É autor do livro “Dicionário da Música em Santa Catarina”, editado após sua morte (2000).

Formação do Choro Catarina

Musicistas que formam o Choro Catarina, responsável pela reinauguração do coreto no dia 29 de julho: Mari Leonel (piano), Natália Livramento (violão de 7 cordas), Sílvia Beraldo (sax e flauta),Ana Paula Russi (cavaquinho), Mariana Roncale (clarinete), Johanna Hirschler (flauta e voz), Júlia Magalheira (pandeiro), Iasmin Franco (voz) e Cláudia Barbosa (voz), filha do poeta Claudio Alvim Barbosa (Zininho), autor do Rancho do Amor à Ilha, o hino de Florianópolis.

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