Prefeito de Florianópolis entrará com protesto no Ministério da Justiça sobre chegada de hatianos

O prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Júnior, afirmou neste domingo (24) que irá formalizar junto ao Ministério da Justiça, um protesto pelo envio de imigrantes haitianos e senegaleses para Florianópolis pelo Governo Federal e Governo do Acre. Segundo nota enviada pela prefeitura da Capital, não houve comunicação prévia às autoridades. O Ministério Público Federal também será acionado.

“Esse não é um protesto contra os imigrantes, mas sim contra a forma como o governo federal e o Estado do Acre estão agindo. O protesto é contra a transferência de responsabilidade ao município e também pela maneira como o Governo Federal e o Governo do Acre expuseram os imigrantes, com absoluta falta de planejamento e sem qualquer comunicação oficial à prefeitura”, afirmou o prefeito, lembrando que centenas de imigrantes, principalmente do Haiti, já estão morando na Capital por iniciativa própria, inclusive inseridos no mercado de trabalho.

“O que não podemos permitir é que uma rota direta seja instituía por um governo estadual, não temos estrutura para ficar recebendo imigrantes”, sublinhou o prefeito.

Falta de informação oficial dificulta planejamento

Com base nas informações disponíveis a Secretaria Municipal de Assistência Social montou uma estrutura especial para receber os imigrantes que estão se deslocando do Acre. A previsão inicial era de que eles chegassem em dois ônibus na manhã deste domingo, o que não se confirmou.

A Secretaria de Assistência Social definiu o Ginásio Saul Oliveira, o Capoeirão, como o espaço que irá abrigar os haitianos a partir da chegada dos imigrantes.

(Notícias do Dia Online, 24/05/2015)

Florianópolis recebe 18 imigrantes haitianos e 25 senegaleses durante a madrugada de segunda-feira

O ônibus com 18 imigrantes haitianos e 25 senegaleses chegou na madrugada desta segunda-feira (25), em Florianópolis. Eles saíram na quinta-feira do Acre com destino ao Sul do país em busca de emprego e melhores condições de vida. No grupo há apenas três mulheres, todas haitianas e um tradutor auxilia na comunicação. Todos foram recebidos no ginásio do Capoeirão, na região continental da Capital, onde uma estrutura foi montada pela Prefeitura de Florianópolis com colchões, kits de higiene pessoal e alimentação.

Assim que chegaram à Capital, dois homens precisaram ir ao hospital para fazer exames. Muitos imigrantes estão com febre e gripados. Segundo informações repassadas no local, a maioria não quer ficar em Florianópolis, pretendem continuar viagem e ir até o Rio Grande do Sul, onde já têm contatos de trabalho.

(Notícias do Dia Online, 24/05/2015)