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Quarenta dias após reabertura, ala norte do Mercado Público tem 61 boxes fechados

Reaberta há 40 dias, após seis meses em reforma, a ala norte do Mercado Público da Capital ainda não conseguiu atrair muitos frequentadores. Isso porque 61 dos 79 boxes estão fechados, o que cria um clima de abandono e indignação em clientes e comerciantes dos 18 boxes em funcionamento. O fechamento da ala sul, que está em reforma e só deve reabrir em dezembro, também contribui para a baixa circulação de pessoas. “Faz mais de um mês que estamos aqui e o movimento está muito fraco, porque as pessoas nem entram ao verem que as lojas estão quase todas fechadas”, reclamou Pedro Elias, 57 anos, proprietário de dois boxes da ala norte.

O Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis), responsável por liberar os projetos na etapa inicial, alega que os pedidos de licença apresentados pelos comerciantes devem estar de acordo com o patrimônio histórico, com o projeto de restauração da Prospectiva e com os projetos complementares da Prosul. Após a liberação pelo Ipuf, os planos ainda são analisados pela SMDU (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano).

Vanessa Maria Pereira, superintendente do Ipuf, afirma que a maioria dos processos passa por três ou quatro análises antes da aprovação. Segundo ela, alguns não atendem os itens solicitados no parecer e outros demandam situações impossíveis de serem atendidas de imediato. “Grande parte dos requerentes também deixou para dar entrada nos processos muito perto da data prevista para a entrega da obra, o que provocou um acúmulo de projetos. Como a análise passa por várias etapas para cumprir a lei, esses trâmites muitas vezes podem acumular atrasos”, justificou.

Conforme a superintendente, atualmente o Ipuf não tem nenhum processo para análise. No entanto, explica, 25 projetos retornaram aos comerciantes para adequações exigidas pelos órgãos competentes. Depois das alterações, será feita uma nova análise do Ipuf e da SMDU. “Desde outubro de 2013 foram feitas reuniões com os comerciantes dos boxes das alas norte e sul. Sempre se informou a necessidade de os projetos entrarem o quanto antes. Porém, a maioria dos cessionários entrou com os projetos apenas em abril, o que dificultou um pouco a tramitação”, disse Vanessa.

“Parece um hospital: silencioso e branco”, diz funcionária de box

No dia em que recebeu o salário, a vendedora Brenda Silva Toneto, 20 anos, ficou decepcionada ao entrar na ala norte e perceber que poucos boxes estavam abertos. Sua preferência pelo Mercado Público se deve aos preços mais baixos, mas a falta de opções para as compras a fez mudar o curso da caminhada. “Vou procurar uma loja na Filipe Schmidt”, disse, escancarando um dos principais medos do comerciante Pedro Elias: “As pessoas estão indo comprar em outro lugar, mas as contas continuam chegando”.

Quem trabalha e frequenta o Mercado Público não está satisfeito com os rumos que o local tomou após a reforma. A jornalista Carla Dobau, 37, circula pelo Centro diariamente e conta que nem entra mais no Mercado por não haver restaurante, bar ou café aberto. “Tem algumas lojas de bijuterias, uma lotérica, mas é só. Nem o caldo de cana que tinha antes não tem mais”, afirmou.

Funcionária de um box já aberto na ala norte, Ana Silva, 52, observa que até para os funcionários do Mercado é complicado trabalhar o dia inteiro sem ter pessoas para conversar, negociar ou vender. Até as paredes brancas do interior da ala norte incomodam Ana, mas nada se compara ao silêncio: “O interior do Mercado parece um hospital: silencioso e branco”.

Reforma da ala sul

O trabalho de reforma na ala sul, que começou no dia 2 de junho, deve se estender até 30 de dezembro, segundo informações da Secretaria de Obras da Capital. A assessoria de imprensa da pasta de Obras informa que um fato considerado pela equipe técnica de bastante relevância nos trabalhos na ala sul é que muitas das dificuldades encontradas na ala norte serão menores, pois estudos de material e de projeto arquitetônicos já foram realizados.

MUDANÇAS NO MERCADO

Novo Mercado Público tem 118 espaços. Nem todos são boxes, pois alguns foram transformados em banheiros. Deste número, 104 são ocupados por comerciantes e 14 não são de comerciantes.

Ala Norte: total de 79 boxes. Destes, 68 são de concessionários e 11 não (sedes da Apae, Serte, Igeof, Sebrae – dois boxes -, museu, informações turísticas, Farmácia Popular, zeladoria e dois banheiros)

Ala Sul: total de 39 boxes. Destes, 36 são licitados e três não (sede do Caisc e dois banheiros)

REFORMA NA ALA SUL

Trabalhos já realizados

Instalação de tapumes

Retirada de lixo – cinco caminhões de resíduos foram retirados pela Comcap, aproximadamente cinco toneladas

Algumas demolições e remoção do material

Próximas etapas da obra

Serviços estruturais de concreto armado e metálico

Recuperação de janelas, portas, cobertura e piso

Pintura em geral

Impermeabilizações

Instalações elétricas e hidrosanitárias

Climatização

Preventivo de incêndio

Limpeza geral

( Notícias do Dia Online, 11/07/2014)

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