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As festas de final de ano que abriram as portas da Ilha de Santa Catarina para o mundo não vão bombar. Essa é a expectativa dos donos dos principais beach clubs de Florianópolis para o Réveillon 2014. A principal razão para o cenário, na análise dos empresários, é a polêmica em torno das ações judiciais que pediram a demolição dos clubes.

Em 2008, a Associação de Moradores de Jurerê Internacional entrou na Justiça contra, alegando que os estabelecimentos estão em área de Marinha e preservação. Neste ano, o procurador do Ministério Público Federal em SC Walmor Alves Moreira pediu a demolição dos clubes.

O proprietário do Taikô, um dos beach clubs questionados, Leandro Adegas, admite que a venda de ingressos para o Réveillon deste ano caiu significativamente em relação ao ano passado. No seu entendimento, as notícias sobre o possível fechamento dos beach clubs mexeram com a confiança dos clientes.

– Tenho ouvido principalmente dos turistas que o fim de ano não será em Jurerê Internacional, mas em Trancoso (na Bahia) ou em Punta del Este (Uruguai) – admite.

Adegas conta que o clima de insegurança tem afetado também a produção da festa. Segundo ele, não foi possível até agora fazer a confirmação dos DJs reservados.

Giuliana Korzenowski, gerente de comunicação do Donna, outra das cinco casas incluídas no processo judicial, disse que a polêmica não só prejudicou o Réveillon do clube, como atrapalhou a confirmação de casamentos e eventos corporativos.

– Os noivos pediam garantia de que o evento ia acontecer, mas era como se tivéssemos que dizer se iria ou não chover no dia. Não tínhamos como dar essa certeza. E tivemos que repassar essa insegurança para o cliente – lamenta.

O Donna pertence ao grupo Novo Brasil, também proprietário do El Divino, no Centro da Capital, e do P12, em Jurerê. Segundo a gerente, as expectativas para o Réveillon do P12, que não foi envolvido no processo, é diferente do Donna.

– As vendas de ingressos no P12 estão superiores do que no ano passado. Já no Donna, como estávamos inseguros se a casa abriria ou não no fim de ano, tivemos que atrasar o lançamento da festa e cortar os investimentos – esclarece.

O sócio Leonardo Ribeiro do Cafe de la Musique, um dos clubes mais sofisticados de Florianópolis, explica que a polêmica também afetou a venda de ingressos para a festa de fim de ano e gerou dúvidas entre os clientes, que ligam perguntando sobre a abertura ou não do clube. O empresário afirma que o Réveillon será um pouco menor do que o ano passado, com um público esperado de 600 a 800 pessoas.

(DC, 11/11/2013)

 

Movimentação na Justiça

A incerteza sobre o funcionamento de cinco beach clubs de Jurerê está prestes a terminar. Até o dia 24 de novembro, a Justiça Federal de Santa Catarina garantiu que uma importante etapa do processo estará finalizada: o laudo de um biólogo e de um geólogo que dirá se as casas estão realmente localizadas em área de Marinha e de preservação permanente, como alegou a Associação de Moradores de Jurerê Internacional (Ajin).

Em 2008, a associação moveu uma ação na Justiça contra a Habitasul, proprietária dos terrenos em que funcionam os beach clubs em discussão: Taikô, Donna Jurerê Internacional, Simple on the Beach, Cafe de la Musique e o antigo Pimenta Limão, hoje fechado e sem administrador. Uma nova audiência conciliatória está marcada para o dia 13 de dezembro.

Em paralelo ao processo judicial, outros personagens entraram na história. O mais marcante entre eles foi o procurador do Ministério Público Federal em Santa Catarina Walmor Alves Moreira.

O procurador da República recomendou a cassação das inscrições e demolição das estruturas com base em um levantamento do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Moreira já disse em entrevista à RBS TV que os beach clubs respondem por invasão de área de Marinha, área de preservação permanente, poluição sonora e hídrica, desmatamento e invasão de calçadão.

No dia 20 de setembro, os advogados da Habitasul conseguiram suspender as recomendações do procurador.

(DC, 11/11/2013)

Impacto no turismo da Ilha

As ações judiciais também impactaram na operação e faturamento do beach club Simple on the Beach, que está fechado desde março deste ano. A administradora Andrea Druck explica que na gestão do antigo operador o clube havia invadido a área pública. No início do ano, ao assumir a administração da casa, a nova gestora conseguiu um alvará de funcionamento provisório para começar a operar.

– Assim que fechamos (para reforma) o Simple, no início de março, o procurador (Walmor Alves Moreira, do MPF) recomendou a cassação dos alvarás dos beach clubs. No nosso caso, a recomendação impediu a liberação do alvará permanente e permanecemos fechados há meses – acrescenta.

Andrea Druck comemora a reabertura da casa na semana que vem.

A administradora, que também é diretora de turismo da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), diz que o Réveillon de Jurerê Internacional neste ano será emblemático.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-SC), João Eduardo Amaral Moritz, destaca que o Réveillon dos beach clubs de Jurerê projetou Florianópolis para o mundo. Ele lembra que a participação dos famosos nas festas geram mídia gratuita para o setor e para cidade.

De acordo com a Secretaria de Turismo de Santa Catarina (Santur), nos três primeiros meses de 2012, Floripa recebeu 1,5 milhão de turistas, que movimentaram R$ 1,2 bilhão.

(DC, 11/11/2013)

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