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Banco de corais é encontrado no fundo do mar catarinense

A beleza dos corais da região Norte do país, conhecidos no mundo todo, agora estão próximas dos catarinenses. Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) comprovou a presença de banco de corais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, em Florianópolis. O estudo iniciou em 2009, foi comprovado pela comunidade científica no último mês e culminou na publicação de um artigo na revista “Coral Reefs”.
Os resultados apresentados no artigo revelam que é possível a formação de banco de corais no Litoral de Santa Catarina e aponta a existência de um no Norte da Ilha, localizado exatamente a 1.500 km ao Sul dos famosos recifes de corais do arquipélago de Abrolhos, na Bahia. A população de corais descoberta na reserva é da espécie Madracis decactis. As mais de 400 colônias identificadas ocupam uma área de 3.400 metros quadrados, a uma profundidade entre seis e 15 metros.
De acordo com o professor do Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC, Alberto Lindner, ao contrário do que acontece em Abrolhos, a espécie de coral encontrada na Reserva do Arvoredo não forma recifes, mas sim, um banco de colônias livres sobre o fundo do mar. “Foi uma grande surpresa encontrar esse tipo de formação no Sul do Brasil. A espécie havia sido registrada para Santa Catarina, mas não esperávamos observar o desenvolvimento de um banco de corais no Estado”, diz Lindner.
Para se ter uma ideia da importância da descoberta, o professor explica que os bancos de corais são bem semelhantes ao recife de coral, considerados o mais diverso habitat marinho do mundo. “Centenas de peixes se alimentam e vivem nos bancos de corais”, salienta. Uma a cada quatro espécies marinhas vive nos recifes, incluindo 65% dos peixes. Em Santa Catarina as garoupas poderão ser as mais beneficiadas com os corais.

Monitoramento é indispensável

Segundo o professor Lindner, a descoberta precisa ser melhor estudada e protegida, pois representa o limite Sul de distribuição de banco de corais em todo o Oceano Atlântico. “Isso faz de Santa Catarina um laboratório natural para se monitorar e descrever impactos ecológicos”, ressalta Lindner.
Entusiasmada com o estudo, a estudante Kátia Capel transformou a descoberta em uma dissertação de mestrado que está sendo desenvolvida junto ao programa de pós-graduação em Ecologia da UFSC. Desde dezembro de 2010, Kátia vai a cada três meses visitar a reserva para monitorar a população dos corais. “Esse sítio de corais tem grande potencial para estudos e poderemos desenvolver outros projetos na região”, comemora.

Saiba mais

Importância dos corais

– estão para o ambiente marinho da mesma forma que as florestas tropicais estão para os ambientes terrestres, ou seja, são os maiores centros de biodiversidade do planeta.

– Só no Brasil, 18 milhões de pessoas dependem direta ou indiretamente desses ambientes. Cerca de um quarto do pescado nos países em desenvolvimento, dentre eles o Brasil, vem de áreas de coral que proporcionam alimentos para cerca um bilhão de pessoas, só na Ásia.

– Os bancos de corais protegem as praias da erosão e ajudam a produzir as areias finas que as tornam atraentes para o turismo.

(Por Aline Rebequi, ND, 15/10/2011)

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