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Mais 92 táxis nas ruas da Capital em dois meses

Apesar do aumento do número de placas, moradores dos balneários reclamam que os pontos já criados ficam vazios fora da temporada
Em dois meses, Florianópolis terá mais 92 táxis em circulação. A escolha dos pontos será feita amanhã, às 10h, na Federação do Comércio (Fecomércio), no Centro da Capital. A ampliação é para melhorar a vida dos moradores da Capital. Mas para os que vivem principalmente nos balneários, existe um descontentamento com o serviço.
Desde o primeiro semestre, 120 dos 212 novos táxis foram incluídos na frota, distribuídos em 63 pontos.
Na sessão pública, os vencedores remanescentes da licitação vão escolher suas praças. Como foram melhor classificados, os 120 da primeira chamada terão a chance de trocar de pontos. Isso significa que quem está em uma área com pouca clientela poderá trocar para outra mais atraente, como a Praça XV de Novembro e Terminal Rita Maria, ambos no Centro, e Aeroporto Internacional Hercílio Luz. Outros locais que ainda não tinham sido contemplados terão os primeiros carros, como nos estádios Orlando Scarpelli e Ressacada.
Com a licitação, balneários de Norte a Sul da Ilha passaram a contar com o serviço, em março de 2011. Mas, na prática, fora da temporada de verão é difícil ter veículos nos pontos. Ontem pela manhã, entre 10h e 10h30min, não foi encontrado nenhum dos dois carros que atendem na Avenida Pequeno Príncipe, no Campeche. Moradores afirmam nunca terem visto táxi parado no local. É o caso de José Dario da Cunha, dono de um restaurante no bairro.
– No fim de semana, os fregueses perguntam se tem táxi por perto. A gente precisa ligar para um pessoal que presta o serviço com carro próprio – conta Cunha.
Na Armação do Pântano do Sul, um táxi deveria atender a comunidade. O ponto está abandonado porque é uma extensão do que deveria ficar nas intermediações da Unidade de Pronto Atendimento do Sul (UPA), no Rio Tavares. Mas os dois carros licenciados não começaram a trabalhar porque a entidade ainda não decidiu o local para o ponto. Enquanto isso, a população busca alternativas.
– Quando precisa, a gente pede ajuda para o vizinho. Foi o que fiz quando tive de levar meu filho para fazer uma cirurgia de retirada do apêndice – revela o garçom Amarildo Weber.
No Leste o problema se repete. Dois dos 10 carros que ficam na Lagoa da Conceição deveriam fazer esquema de rodízio na Barra da Lagoa. A funcionária do comércio em frente ao ponto, que não quis se identificar, reclama que fica semanas sem ver um táxi.
(Por Roberta Kremer, DC, 30/08/2011)
Sindicato diz que falta fiscalização
Se os táxis das praias não estão em seus pontos, onde estão? O vice-presidente do Sindicato dos Taxistas da Grande Florianópolis, João Lídio Costa, afirma que os motoristas estão circulando no Centro e em outras áreas mais populosas. Para ele, falta fiscalização da prefeitura.
– Encontramos carros designados para o Campeche fazendo pescaria (ficar nos pontos que não são os seus) no Centro e no Aeroporto Hercílio Luz. Só nos Ingleses que não é comum ocorrer isso, porque no Norte a demanda é maior. Não há problema do veículo que vem do interior da Ilha pegar um passageiro para fazer uma corrida na volta, o que não é interessante é permanecer em um ponto alheio enquanto o de origem está desprovido de carro – analisa.
Não são apenas os táxis das praias que deixam seus postos em busca de clientes no Centro. O DC flagrou carros do Largo Benjamin Constant, no Continente, em frente ao Supermercado Hippo, no Centro, na sexta-feira.
O motorista de táxi do ponto da Praça XV de Novembro Valdir Alves da Silva diz que carros de outros locais ficam no final da fila. Segundo ele, os “intrusos” aguardam na posição de ataque. Se algum passageiro chega perto, abrem a porta do carro e atendem.
– O certo é cada um ficar em seu ponto. Fazer uma corrida ou duas, tudo bem. Mas ficar em cima do nosso espaço não dá. Ninguém mais respeita nada, e isso aumentou com os carros sorteados para as praias – observa o taxista.
Silva afirmou que chegou a atender clientes que vieram de ônibus de Canasvieiras por não ter encontrado o serviço no bairro. O freguês teria pego a corrida com ele no Centro para seguir em direção ao aeroporto.
(DC, 30/08/2011)

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