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25/03/2011
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25/03/2011

Casan não prevê investimento recomendado para abastecimento de água em Florianópolis

Companhia acredita que com R$ 26 milhões garantirá abastecimento para os próximos 15 anos
A Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) não está preparada para investir R$ 81,2 milhões na ampliação do sistema Cubatão/Pilões, como sugerido no Atlas Brasil, estudo feito pela ANA (Agência Nacional de Águas) sobre o futuro do abastecimento de água no país. Por enquanto, a empresa tem previstos R$ 26 milhões para aumentar a capacidade da rede, responsável por 63% do que Florianópolis utiliza.
“Não creio que haverá um investimento desse porte nesse sistema”, afirma o diretor técnico da Casan na região metropolitana de Florianópolis, Fábio Krieger. Segundo a pesquisa da ANA, se as verbas recomendadas não forem aplicadas, a capital pode enfrentar dificuldades no fornecimento de água potável já em 2015. Krieger discorda e garante que, com os R$ 26 milhões, a cidade terá água nos próximos 15 anos.
As obras planejadas pela Casan devem começar até o final deste ano, tendo prazo de 18 meses para serem concluídas. Cerca de R$ 14 milhões serão usados para aumentar em 50% a capacidade da ETA (Estação de Tratamento de Água) do Morro dos Quadros, que faz parte do sistema Cubatão/Pilões. A quantidade de água proveniente de lá passará de dois mil litros/segundo para três mil litros/segundo, atendendo 1,5 milhões de pessoas, em vez de 800 mil.
Mais R$ 12 milhões servirão para alongar a extensão de uma adutora paralela à BR-101 e para fazer melhorias no trecho que vai de Forquilhinhas, em São José, até o final da Via Expressa.
O que a Casan cogita, sem possuir estudos e projetos, é adotar um novo manancial, que poderia ser o rio Tijucas, em Canelinha. “Mas isso é coisa de longo prazo, para daqui, no mínimo, uns dez anos. E teria um custo altíssimo, de aproximadamente R$ 100 milhões”, diz Krieger.
Florianópolis está melhor que outras capitais
Apesar de precisar de um investimento tão expressivo, Florianópolis está em uma situação mais confortável que outras capitais brasileiras, como Fortaleza (CE), Natal (RN), Porto Alegre (RS) e João Pessoa (PB), que necessitam, respectivamente, de, R$ 424 milhões, R$ 209 milhões, R$ 197,3 milhões e R$ 115 milhões.
“Esses locais estão com seus mananciais próximos do limite de exploração e devem buscar novas fontes hídricas o quanto antes”, diz o superintendente adjunto de Planejamento de Recursos Hídricos da ANA, Sérgio Ayrimoraes. “Mas esse conforto não pode se traduzir em não-ação”, ressalta.
Além de ampliar o sistema Cubatão/Pilões, a cidade ainda deve investir em coleta e tratamento de esgoto para proteger os mananciais. Hoje, o serviço atende apenas metade da população de Florianópolis. O Plano Municipal de Saneamento Básico, elaborado pela Prefeitura, prevê que, em 2015, o número será de 60%, em 2020, de 77%, e, somente em 2030, de 100%. “O país inteiro está atrasado nisso. Qualquer meta que se trace está defasada”, comenta Ayrimoraes. (Anita Martins e Aline Rebequi).
(ND, 25/03/2011)

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