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Após um mês, ocorrências policiais caem

Número de roubos e furtos diminuiu em Florianópolis e São José assim que a polícia reforçou o patrulhamento ostensivo

A operação de combate à criminalidade em Florianópolis e São José, iniciada pela Polícia Militar há quase um mês, após uma onda de furtos e roubos em outubro, mostrou resultados. O número de ocorrências registradas pela PM nos primeiros 20 dias de novembro em comparação com o mesmo período do mês passado caiu: de 190 para 175 na Capital. Em São José, a queda foi de 89 para 73.

Os números refletem a opinião nas ruas. Um mês depois, o DC voltou a quatro dos locais mais problemáticos. A população percebeu a redução das ocorrências. E, em alguns casos, também do policiamento, com o passar dos dias da operação.

Em Florianópolis, a diferença mais significativa foi no número de assaltos a postos (veja quadro). Nos primeiros 20 dias de outubro foram cinco, o que mobilizou os empresários a fecharem seus estabelecimentos na noite de 7 de novembro, em protesto.

No começo deste mês, ainda houve dois roubos, mas em comparação com outubro houve uma queda representativa de 60%. O único índice que aumentou foi o de arrombamentos e furtos em veículos, que passou de 42 para 48 ocorrências.

De acordo com o coronel Valdemir Cabral, responsável pela operação, o reforço no policiamento nas duas cidades, que começou em 2 de novembro, já está em sua terceira fase e deve continuar pelo menos até o começo da Operação Verão. Na próxima semana, a iniciativa deverá ser estendida para Palhoça e Biguaçu.

Para realizar a Operação Rocam (nome em alusão à ronda ostensiva com apoio de motocicletas, criada em 1982 em São Paulo), foram deslocados 30 policiais motociclistas de cidades como Blumenau, Itajaí e Joinville. Além dos agentes de outros municípios, a força ostensiva conta com 139 policiais, 22 motos, 25 viaturas, 15 carros, 15 cavalos, oito cães e a aeronave Águia. A operação é direcionada para os locais de maior fluxo de pessoas, comércio e onde existe um histórico de roubos.

– Trouxemos o pessoal do expediente e das polícias ambiental e da aérea para atuar nesse momento. Vamos tentar estender a operação até quando conseguirmos, remanejando policiais de outros locais, pois a tendência é aumentar a criminalidade no verão na região. Muitos turistas vêm para as praias, e junto, vêm alguns problemas – observou.

Ontem e hoje

No Mercadinho
– INÍCIO DE NOVEMBRO – Darci Danoler, dono de um mercadinho no Bairro Carvoeira, em Florianópolis, se impressionou com duas motos da PM paradas na esquina. Ficou mais tranquilo: o estabelecimento já tinha sido assaltado três vezes em um mês.
– FINAL DE NOVEMBRO – Darci estava insatisfeito. Segundo ele, as rondas pararam. O certo seria circular todos os dias. Na semana passada, no dia em que foi entrevistado, não viu viatura alguma.
Centro da Capital
– INÍCIO DE NOVEMBRO – A presença policial era marcante no calçadão da Felipe Schmidt. O entregador de panfletos Luciano André, 31 anos, percebia o reforço.
– FINAL DE NOVEMBRO – Outro ambulante, o pipoqueiro Carlos Lendz, reclama da concentração de policiais em um único ponto. No mesmo horário, três policiais da Cavalaria faziam rondas em frente ao Ticen.
No posto de combustíveis
– INÍCIO DE NOVEMBRO – O gerente Abner de Souza conta que dois homens assaltaram o posto duas vezes em dois dias.
– FINAL DE NOVEMBRO – Não houve mais assaltos no local. Quando o frentista Ademir da Silva Rozental deixava o trabalho, por volta das 19h, havia policiais de moto do outro lado da rua. Os frentistas trabalham mais tranquilos.
Calçadão de São José
– INÍCIO DE NOVEMBRO – O calçadão da Avenida Central estava repleto de PMs. O funcionário público Walter Pierri, 48 anos, declarou que não era assim até o dia anterior, quando começou a operação.
– FINAL DE NOVEMBRO – O segurança de joalheria Rosenaldo Amaro Vieira percebeu o reforço da Cavalaria, do Canil e dos motociclistas da PM no começo do mês. Com o passar dos dias, ele notou que o número de policiais foi diminuindo.

(ROBERTA KREMER, DC, 02/12/2010)

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