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Ressaca: Construções na praia e canteiro de obras

Dois colunistas do DC abordaram neste domingo (30/05) e segunda-feira (31/05) o caso do assoreamento e as obras emergenciais nas praias da Armação e Barra da Lagoa.

Recuar e respeitar
Da coluna de Cacau Menezes (DC, 30/05/2010)

Várias são as causas para o arrastão que o mar está fazendo nas praias da Armação, Barra da Lagoa e Canasvieiras. A situação é lamentável, as imagens, chocantes. Mas, ao mesmo tempo, esta ocorrência pode servir de alerta para as pessoas que insistem em construir muito perto da praia, que querem estar grudadas na areia. Respeitar a natureza, preservá-la e deixar uma faixa de terrenos em frente à praia, sem casas ou prédios, simplesmente como uma área comum, para que todos possam apreciar a beleza do local, é o mais correto e prudente. Quem visita a Brava, por exemplo, hoje em dia, está impossibilitado de enxergar a areia e o mar, como se fazia antigamente, por conta das inúmeras construções erguidas onde poderia haver um belo calçadão.

Canteiro de Obras
Da coluna Visor, por Rafael Martini (DC, 30/05/2010)

A Sulcatarinense, empreiteira que ameaçou paralisar as obras do Trevo da Seta por causa da falta de pagamento, abraçou a construção do muro de contenção da Armação do Pântano do Sul. Sendo emergência, não precisa de licitação para ter acesso aos R$ 10 milhões liberados pela União. Coincidência, não?

CONTRAPONTO
Da coluna Visor, por Rafael Martini (DC, 31/05/2010)
A Sulcatarinense Construções e Mineração informa, via nota, que nunca ameaçou paralisar as obras do elevado do Trevo da Seta, ao contrário do que foi publicado no Visor, na edição de ontem do Diário Catarinense. E também afirma que não foi beneficiada pela dispensa de licitação nos trabalhos emergenciais na Praia da Armação. A empresa foi convocada pela prefeitura de Florianópolis para executar tais serviços – tendo aceitado os desafios técnicos, operacionais e financeiros da empreitada – por estar capacitada para atender, imediatamente, a demanda da obra.

Mar alto e ondas grandes
(DC, 29/05/2010)
A ressaca do mar, que tem causado destruição em várias praias de Santa Catarina, deve continuar neste fim de semana e pode se estender na segunda e terça-feira, segundo meteorologistas.

O motivo é a entrada de uma nova frente fria associada a um ciclone extratropical no Sul do país, entre a noite de sábado e o domingo.

O mar fica agitado, com picos de onda de quatro metros mais longe da costa. A navegação não é recomendada, segundo o Centro de Informações de Recursos Naturais e Hidrometeorologia do Estado (Ciram). Permanece, também, o risco de o mar avançar sobre a orla, o que pode causar mais estragos em ruas, passeios e construções, como aconteceu esta semana em Balneário Barra do Sul, Balneário Camboriú, no Norte do Estado e nas praias da Ilha de Santa Catarina.

Até ontem, a Defesa Civil de Barra do Sul havia usado 600 caminhões de pedra para fazer paredões de contenção em locais da praia atingidos. Quatro casas e três estabelecimentos comerciais foram interditados depois que a força do mar derrubou muros e passou a ameaçar as construções.

A explicação para a ressaca é a combinação de ventos que empurram as grandes ondas para a costa, as chuvas trazidas pelos ciclones extratopicais e as marés astronômicas, que está alta nesse período.

O pico de maré para a região é de 1,8 metro às 16h58min de hoje e às 17h39min de amanhã. Na segunda-feira, às 18h9min, a maré chega a 1,7 metros. Os números seguem o padrão dos últimos dias são considerados altos pela Defesa Civil.

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