Filas conhecidas; rotas, nem tanto
21/10/2009
Se vai ter calçadão é outra história
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Quando foi inaugurado, em 1981, o Terminal Rita Maria, em Florianópolis, foi saudado como um signo da modernidade que, enfim, aportava à capital dos catarinenses, cidade que, então, também começava a apostar firme no turismo como atividade econômica. Construída no aterro da Baía Sul obra monumental e também anunciadora dos novos tempos , a estação rodoviária, de fato, foi uma iniciativa pública ousada e um projeto inovador para este tipo de equipamento urbano na época. É natural que, mais de 28 anos depois de entrar em operação, este equipamento já não responda com a desejável eficiência e qualidade às necessidades dos seus usuários. Equipamentos públicos deste porte e finalidade exigem manutenção e atualização constantes, e isto não ocorreu com a rodoviária local, cuja situação, conforme foi documentado em ampla reportagem publicada em nossa edição de ontem, é lamentável, para dizer o mínimo.
Algumas reformas estão em andamento no terminal. Mas, se essas obras cosméticas ajudarão a melhorar a vida dos cerca de 18 mil passageiros e usuários que circulam por lá todos os dias – aos finais de semana, o número sobe para 20 mil, em média –, no curto e médio prazos, elas não serão suficientes para suprir as necessidades do futuro, não muito distante, de um cenário urbano em expansão acelerada, e que sofre com angustiantes problemas de infraestrutura, mobilidade, serviços e equipamentos públicos.
O fato é que a estação rodoviária da Capital, que, atualmente, recebe entre 350 e 400 ônibus internacionais, interestaduais e intermunicipais diários, não poderá funcionar, por muito tempo mais, no local em que está, em plena área central, um verdadeiro gargalo de trânsito. Adequado na época, o local do Rita Maria hoje é um complicador não apenas para seus usuários, mas para a vida urbana no seu todo. Este tipo de equipamento, hoje, costuma ser colocado na periferia das cidades – questão de planejamento urbano elementar –, às margens de rodovias, em locais de fácil acesso, e servidos por sistemas de transporte coletivo rápidos, seguros e econômicos. Além disso, não há como pensar em um terminal rodoviário “para a cidade”, mas em um terminal integrado para servir a Grande Florianópolis. Uma obra para o futuro, mas cujo planejamento é uma tarefa que se impõe desde já.
(Editorial, DC, 21/10/2009)

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