Fórum debate a utilização brasileira de fontes renováveis de energia

Teve início ontem à noite, em Foz do Iguaçu, o “Fórum Global de Energias Renováveis” evento organizado pela Itaipu Binacional, Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Onudi), Ministério de Minas e Energia, e pela Eletrobrás. O Fórum vai até quarta-feira (20/05) e pretende reunir cerca de 1.200 participantes de mais de 50 países.
Além da discussão sobre o futuro energético do planeta, a proposta do evento é que os estrangeiros conheçam a experiência brasileira no campo das energias renováveis, já que o Brasil é um país em que 79% da produção de energia elétrica provêm de fontes renováveis, contra 23,4% na média mundial.
Serão discutidas as tendências para a energia no cenário mundial, a relação entre mudanças climáticas e as fontes de energia, as condições de mercado para as energias renováveis, o papel das hidrelétricas e de outras fontes limpas como solar, biomassa, eólica e hidrogênio.
O debate “Conexões entre Mudança Climática, Segurança Energética e Energia Renovável”, realizado na tarde de hoje, foi marcado por opiniões divergentes quanto à produção brasileira de biocombustíveis.
Segundo a assessoria de imprensa da Itaupu Binacional, a secretária de Estado da República Eslovaca para a União Européia, Katja Lautar, disse que “deve haver primeiro uma grande discussão para determinarmos padrões mínimos de produtos renováveis”, e que acredita ser importante a realização de novos estudos sobre os impactos ambientais causados pelas fontes de energia alternativa.
Já o africano Stephen Kartezi, diretor da Rede de Pesquisa de Política Energética Africana, afirmou que “o Brasil teve uma visão de longo prazo e encontrou a chave para o sucesso”. Kartezi ainda comentou que outros países deveriam seguir a política brasileira de produção energética.
A cerimônia de abertura do Fórum, realizada ontem à noite no Hotel Bourbon Cataratas, teve a presença do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, do diretor-geral da Onudi, Kandeh Yumkella, do presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopes, e dos diretores-gerais da Itaipu Binacional, Jorge Samek (Brasil) e Ramón Roa (Paraguai).
Até quarta-feira, conferências, debates e mesas redondas com a participação de especialistas do setor energético vão discutir alternativas e formular propostas de ações para colocar a energia renovável como prioridade na agenda dos governantes.
(Planeta Sustentável, 19/05/08)