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Este é total terá sido investido pelo Governo – entre os anos de 2003 e 2010 – em meio ambiente no Paraná. Somente nos próximos dois anos e meio, os investimentos irão ultrapassar R$ 887 milhões. Este será o maior investimento em meio ambiente da história do Estado.
Se somados os valores disponíveis no orçamento do Estado (que servem para o custeio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e suas autarquias) e os recursos previstos pela Política de Desenvolvimento do Estado (também conhecida como ‘PAC do Paraná’), em 2008 serão investidos R$ 280.292.990,00; em 2009 serão R$ 293.939.250,00; e, em 2010, R$ 313.474.890,00.
Os valores são destinados também as autarquias da Secretaria do Meio Ambiente – Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa) e Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG) – e utilizados ainda para subsidiar blitze e vistorias, elaboração de planos de manejo dos parques estaduais e capacitação de funcionários, reformas em escritórios, entre outros procedimentos comuns ao dia a dia das instituições.
O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, destacou que o valor total (R$ 1,8 bilhão) considera ainda a verba já investida nos últimos cinco anos: mais de R$ 945 milhões. “Com estes recursos criamos novos postos para o Força Verde e adquirimos carros, motos e embarcações para fiscalização ambiental; construímos e reestruturamos todos escritórios regionais; descentralizamos a produção de mudas com a doação de viveiros a mais de 400 parceiros; melhoramos a estrutura dos parques estaduais e ampliamos o número de áreas abertas à visitação; produzimos milhões de materiais de educação ambiental; investimos em aterros sanitários e promovemos campanhas para destinação correta do lixo, para citar algumas ações”, informou Rasca.
Fiscalização – De maneira inédita no Paraná o governo criou em 2004 o Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde, em que os técnicos do IAP atuam de forma integrada com os integrantes do batalhão e intensificam a fiscalização ambiental. Foram 600 novos policiais colocados em campo e R$ 8 milhões em equipamentos – utilizados para compra de dois aviões motoplanadores, um avião skyline, barcos para fiscalização marítima e viaturas, entre outros.
A fiscalização ambiental ainda ganhou outros sete novos postos na região que abriga um dos melhores remanescentes da mata atlântica do país. Os postos foram instalados em Guaraqueçaba, Tijucas do Sul, Guaratuba, Antonina, Tunas do Paraná e Morretes, além do Centro Integrado de Operações Ambientais em Paranaguá. “Com todos esses investimentos, conseguimos reduzir em 88% o desmate neste ecossistema, segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica”, lembrou o secretário Rasca.
O presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, destacou que nestes investimentos também estão contabilizados os custos para implantação do sistema de monitoramento ambiental com imagens de satélite – que atualmente detectam focos de desmate a partir de 900 metros quadrados – que o IAP vem usando para coibir crimes ambientais.
Unidades de conservação – Apenas em Unidades de Conservação (UC) – como parques estaduais, estações ecológicas e reservas biológicas – já foram investidos cerca de R$ 20 milhões. São 1.195.370 milhão de hectares a mais em Unidades de Conservação, sem contar outros 47,69 mil hectares em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN).
Já o número de Unidades abertas à visitação quase dobrou se comparado ao início da primeira gestão do governador Roberto Requião – até então eram 17; hoje são 25. “E até 2010, outros R$ 3 milhões estão programados para as áreas protegidas”, adiantou o presidente do IAP.
A implantação do Jardim Botânico de Londrina é outra obra que está recebendo investimentos. Até a sua conclusão, terão sido repassados R$ 32 milhões para transformá-lo em referência para a América Latina.
Mata ciliar – A descentralização da produção de mudas para recuperação das matas ciliares – que já atinge a marca de quase 80 milhões de mudas plantadas e vem beneficiando mais de 76 mil agricultores – custou ao Estado cerca de R$ 15 milhões.
O recurso foi investido pelo Programa Mata Ciliar na reestruturação dos 20 viveiros do IAP situados nos escritórios regionais, onde até 2003 eram produzidas três milhões de mudas a cada ano e hoje são produzidas dez milhões. Com a verba, também foram adquiridos viveiros doados a 412 parceiros – entre outras instituições de governo, APAEs, presídios e municípios paranaenses.
“Além disso, nos últimos cinco anos quase R$ R$ 92 milhões foram aplicados em iniciativas que irão garantir a preservação dos nossos recursos hídricos e pesqueiros, como o canal para transposição de peixes na barragem do rio Laranjeiras, em Ribeirão do Pinhal”, acrescentou o presidente da Suderhsa, Darcy Deitos.

Biodiversidade –
O investimento no Programa Paraná Biodiversidade está reconectando fragmentos florestais e para preservar a diversidade biológica que habita o Paraná somam outros R$ 11 milhões. As principais ações são a implementação dos módulos agroecológicos e atividades de educação ambiental para moradores da região dos três corredores da biodiversidade. “Hoje já podemos constatar um aumento em 133 mil hectares de floresta na região dos corredores, graças ao trabalho desenvolvido em parceria com o programa Mata Ciliar”, disse o coordenador do Paraná Biodiversidade na Secretaria do Planejamento, Erich Schaitza.
AUMENTO – Só em relação à Reserva Legal o Paraná garantiu, desde 2003, 6.756.391 milhões de hectares cadastrados no Sistema de Manutenção, Recuperação e Proteção da Reserva Florestal Legal (Sisleg), o que representa 33% da superfície do Estado.
Novos escritórios – Também foi investido cerca de R$ 1 milhão na construção de sedes próprias para os escritórios regionais do IAP em Ivaiporã, Campo Mourão e Cornélio Procópio. Outros regionais – como Cascavel, Pitanga, Irati e Umuarama – foram totalmente reformados e junto com os demais escritórios receberam mobiliários novos.
“Quando assumimos o IAP em 2003, algumas escrivaninhas, por exemplo, eram apoiadas em tijolos. As instalações estavam totalmente sucateadas. Foi necessário que fizéssemos algumas melhorias que não eram feitas há mais de 10 anos para que pudéssemos agregar qualidade ao nosso trabalho e oferecer respostas”, comentou o diretor geral da Secretaria, Allan Jones dos Santos.
(Portal do Meio Ambiente, 25/04/08)

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