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O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o desvio de dinheiro e o esquema de caixa dois na arrecadação de estacionamentos da Zona Azul da Capital corre o risco de não ser entregue em 2007. Segundo o vereador João Aurélio Valente (PP), responsável pela elaboração do documento, o motivo seria o ritmo dobrado que os trabalhos da CPI da Moeda Verde ganhou nas últimas semanas.

“Agora temos reuniões todos os dias. Ouvimos depoimentos durante todas as manhãs. Pela tarde, começamos às 14 horas e temos outra [reunião] às 16 horas. Saio dali às 18 horas e vou direto para as sessões do dia. Praticamente não há tempo hábil”, explica o parlamentar. Valente afirma que já iniciou a redação do relatório, mas acredita ser “muito difí-cil” concluir o texto antes do fim do ano legislativo, no próximo dia 22.

“Ainda não tenho previsão de quando vou concluir. O melhor é entregar depois do recesso para evitar algo feito às pressas”, avisa. A única certeza dele é que “se não fosse a Moeda Verde, o relatório já teria sido fechado”.

Responsável direto pelas investigações que revelaram o escândalo da Zona Azul, o diretor presidente do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf), Ildo Rosa, demonstra decepção pelo fato de a CPI correr o risco de não ser encerrada ainda em 2007. “Lamento que não possam fechar [os trabalhos] agora. Já poderia se apresentar algumas sugestões e encaminhamentos”, afirma.

Apesar disso, Rosa destaca que a comissão teve grande validade. “Achei muito importante o trabalho da CPI. Eles se debruçaram sobre os métodos e todo o sistema. Houve muita preocupação por parte da Câmara com o problema e os depoimentos contribuíram muito”, explica. O diretor presidente contou que não há uma estimativa do valor total que foi desviado dos cofres públicos. “Seria temerário apontar um total, pois havia muita variação. A média ficava entre R$ 40 mil e R$ 80 mil”, comenta.

Mas como os problemas iniciaram, segundo ele, a partir de 2005, a quantidade de dinheiro que sumiu por intermédio de funcionários – já afastados das funções – é presumidamente muito considerável.

“E não era só o caixa dois, existiam outros problemas sérios, frutos de uma má gestão. A aquisição descontrolada de materiais é absurda. Até hoje não precisamos comprar carnês de Zona Azul justamente porquê foram adquiridas quantidades excessivas. Se pensarmos que antes a arrecadação do sistema era de R$ 300 mil e no mês passado foi de R$ 1.000.070,00 se pode ter uma idéia do tamanho do rombo”, revela Rosa.

(Alessandro Bonassoli, especial ANCapital, 12/12/2007)

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