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Líderes do Estreito fazem reivindicações

A Câmara de Florianópolis começou a providenciar ontem os encaminhamentos para os pedidos das lideranças comunitárias do continente. As reivindicações – levantadas na sessão itinerante que a Casa realizou na noite anterior no Estreito – podem ser consideradas como as de uma cidade. Os vereadores ouviram solicitações referentes à saúde, segurança, educação e trânsito, entre outros temas.

Com uma população de 94.906 pessoas, estimada em 2006 pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf), os 18 bairros da parte continental da cidade são eqüivalentes ao município de Balneário Camboriú, que soma 94.344 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Foi a primeira vez que a Câmara veio até o Estreito. E foi muito importante, pois é uma área quase uma cidade independente”, a-valiou o presidente da Associação Amigos do Estreito, Édio Fernandes. Segundo ele, 40% dos tributos da Prefeitura são arrecadados na área.

Uma das principais questões foi o trânsito da futura avenida Beira-mar Continental. “O projeto prevê que o tráfego passe pelo Balneário, entrando na Afonso Pena e cruzando a rua Sérgio Gil. Pedimos para que isso seja evitado, pois o bairro é estritamente residencial”, disse Fernandes. Os moradores também pediram providências para a situação de algumas escolas. “Os colégios estaduais, como o Aderbal (Ramos da Silva) e o Otília Cruz estão caindo aos pedaços”, lembrou o líder comunitário.

“Comentamos ainda o problema da falta de segurança. Precisamos de mais rondas nos bairros. Sabemos que a Câmara não tem competência sobre este setor, mas pode pressionar a Secretaria de Segurança”, informou o presidente da Associação dos Moradores da Coloninha, Rodrigo Cunha. De acordo com ele, também foi solicitada uma audiência pública para discutir a mudança do zoneamento para a possível construção do novo estádio Orlando Scarpelli e os respectivos impactos de vizinhança e ambiental.

Os parlamentares que compareceram à sessão itinerante assinaram os requerimentos ainda na noite de terça-feira e ontem os documentos foram expedidos para a Prefeitura, para o governo estadual e até para o Ministério da Saúde. “Foram cerca de 20 pedidos que recebemos da comunidade”, disse o vereador Walter da Luz (PSDB). Segundo ele, assim que a Câmara tiver retorno dos demais órgãos públicos, as soluções devem começar a ser postas em prática.

“Na questão de segurança, nos pediram um batalhão da polícia. Na área da saúde, enviamos ao Ministério um pedido de contratação de mais médicos e enfermeiros”, lembrou Walter.

Dois vereadores são criticados durante encontro

Os vereadores Walter da Luz e Gean Loureiro (PMDB) enfrentaram críticas dos moradores durante a sessão no Estreito. O vice-presidente da Associação dos Moradores da Coloninha, Francisco Po-sich, questionou a ausência dos dois parlamentares, cujas bases eleitorais são no bairro, na polêmica questão da transferência da comunidade da Ponta do Leal para a Coloninha.

Segundo Luz, mesmo sob pena de perder votos no bairro onde nasceu e cresceu, ele mantém o apoio à mudança. “Acabamos de conseguir a criação da Comissão Municipal para a Promoção da Igualdade Racial. Seria uma contradição impedir esta mudança. O que quem critica não sabe é que muitas pessoas da Ponta do Leal antes moravam na Coloninha. Estamos promo-vendo o retorno delas para sua área de origem. É estranho que muita gente não aceite isso”, disse ele.

“Acho que ele (Posich) foi muito injusto. Eu mesmo já falei com ele sobre esta situação duas vezes. Crítica por crítica não resolve nada. Logo eu que fui secretário do Continente e revitalizei toda a Coloninha com obras. Em dois anos, nunca teve tantas obras no bairro em toda a história da Secretaria”, comentou Loureiro. “Em época de eleição, me pareceu um discurso montado”, citou o parlamentar.

(A Notícia, 22/11/2007)

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