Casan garante água na temporada

Todo início de temporada de verão as cidades litorâneas enfrentam a mesma situação: falta de água, o que acaba gerando um caos urbano por causa da grande movimentação nessa época do ano. Florianópolis não foge à regra. Com a proximidade da nova estação, a expectativa dos moradores, turistas e comerciantes é de que o problema não afete a Capital, considerada um dos principais roteiros turísticos do País.

A Companhia Catarinense de Água e Abastecimento (Casan) de Florianópolis tranqüiliza a população e afirma que possui um sistema preparado para atender às demandas de consumo tanta na baixa quanto na alta temporada, que se estende até março de 2008. As informações foram dadas esta semana pelo superintendente da Região Metropolitana de Florianópolis, Carlos Alberto Coutinho.

“No verão, principalmente no reveillon e no carnaval, onde ocorre historicamente o maior pico de consumo no Norte da Ilha, a previsão é que operemos com a capacidade máxima de produção na estação de tratamento de água do Norte da Ilha”, explicou.
A Casan opera com três estações de tratamento de água (ETA) de grande porte:
• ETA Cubatão: responsável pelo abastecimento de água do sistema integrado que contempla as cidades de Florianópolis, São José, Palhoça, Biguaçu e Santo Amaro da Imperatriz, com capacidade de produção de 181.000.000 litros por dia;
• ETA de Ingleses : responsável pelo abastecimento de água do Norte da Ilha e que contempla os bairros Daniela, Jurerê, Praia do Forte, Canasvieiras, Cachoeira do Bom Jesus, Ponta das Canas, Lagoinha, Praia Brava, Ratones, Ingleses, Vargem Pequena e Santinho e com capacidade de produção de 30.000.000 litros por dia;
• ETA da Lagoa do Peri: responsável pelo abastecimento da região Leste e Sul da Ilha e que contempla os bairros da Barra da Lagoa, Praia Mole, Lagoa da Conceição, Rio Tavares, Campeche, Pântano do Sul, Ribeirão da Ilha, Tapera, Armação e; com capacidade de produção de 17.000.000 litros por dia.

Manutenção ajuda a evitar problemas

Carlos Alberto Coutinho ressalta que, principalmente na zona balneária, os proprietários dos imóveis, sejam eles casas, pousadas ou edifícios, devem fazer a manutenção das cisternas, das bombas e dos reservatórios superiores (caixa d’ água) e que estas devem estar dimensionadas para atender à demanda que os proprietários desejam instalar durante a temporada.

A presidente da organização não-governamental (Ong) FloripAmanhã, Anita Pires, acredita que na realidade não existe carência de água na cidade de Florianópolis, mas sim, falta de controle por parte dos locatários, que acabam excedendo o limite permitido numa casa quando a alugam para uma temporada. “Uma casa que tem capacidade para cinco pessoas, chega a abrigar 10, 15 ou até mais. Não há sistema de água que suporte tanta demanda”, justificou.

Palhoça se prepara para alta estação

Os moradores de Palhoça, na Grande Florianópolis, podem ficar tranqüilos quanto ao abastecimento de água durante a alta temporada de verão. Pelo menos essa foi a promessa feita pela Prefeitura dentro da Operação Verão, que prevê a instalação de um gerador próprio por meio da concessionária Águas de Palhoça, na praia da Pinheira.

O objetivo é evitar a falta de água na Baixada do Massiambu. Mesmo que haja falta de luz, não deverá haver problema da falta de água, o que irá beneficiar os 30 mil moradores da região. A expectativa é de que, com a chegada do verão, dobre o fluxo de pessoas nas praias do município.

O gerador será instalado de dezembro a fevereiro e terá um custo de R$ 20 mil. Junto às ações para a melhoria no tratamento da água, os investimentos da empresa ultrapassam o valor de R$ 150 mil. “Todos os investimentos foram feitos para melhorar a qualidade do abastecimento, mas ainda temos muito a fazer”, afirmou o prefeito Ronério Heiderscheidt.

Desde que assumiu em 15 de agosto, a Águas de Palhoça implantou 1.500 metros de rede de água para atender 132 famílias e está iniciando a instalação de mais 2.100 metros de rede de água, que irá atender mais 50 famílias. Para fazer ligação de água, o morador deve se dirigir ao setor de atendimento ao público da Companhia Águas de Palhoça com escritura do terreno ou contrato de compra e venda do imóvel, fatura do vizinho mais próximo e cópia do CPF e RG.

A Águas de Palhoça funciona das 8 às 17 horas, na rua Evaldo Carlos Baash. Antes de solicitar a ligação, o contribuinte deve ter o abrigo para o relógio.

(André Luís Cia, A Notícia, 11/11/2007)