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Entrevista Roberto Costa: Saneamento e mobilidade são pilares para uma Florianópolis com mais sustentabilidade

A imagem mostra um homem de meia-idade com barba e cabelo grisalho, usando óculos. Ele está vestido com uma camisa preta e está sorrindo levemente. O fundo da imagem é colorido, sugerindo que ele está em um ambiente com arte ou pinturas. A expressão do homem é amigável e acolhedora.

Porta-voz do Floripa Sustentável fala sobre desafios e conquistas na cidade (Foto: Thiago Eriksson)

A série de cadernos especiais ND18 apresentou debates, pesquisas e entrevistas sobre temas importantes para Florianópolis, Santa Catarina e todo o país. O último caderno, que trata da sustentabilidade, engloba mais do que apenas o meio ambiente. A sustentabilidade se relaciona com economia, qualidade de vida, saneamento, políticas públicas, entre muitas outras temáticas. O ND ouviu o publicitário Roberto Costa, coordenador do movimento Floripa Sustentável, que desde 2017 une entidades, empresas e pessoas para debater ideias e apresentar soluções para projetar um futuro de desenvolvimento e crescimento sustentável em Florianópolis.

Qual é a avaliação do Floripa Sustentável dos temas do ND18?

Os temas foram muito pertinentes para a cidade, alguns estão no nosso radar de prioridades do ano, como a mobilidade. Estamos num movimento com o governo estadual para retomar o Plamus (Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis), que é o único plano já feito que engloba tudo que deve ser debatido. É preciso atualizá-lo, porque foi feito em 2014, e ter ele como um norte para toda a mobilidade da região metropolitana. Também estamos discutindo com o governo do estado sobre as rodovias, a municipalização das SCs é um tema muito importante.

O saneamento básico é outra das pautas prioritárias do movimento. Temos, em Santa Catarina, um dos piores saneamentos do Brasil e Florianópolis está entre as piores capitais do país. Fazemos um movimento em favor da universalização do saneamento, prevista pelo Marco Legal do Saneamento até 2033, e apenas a Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) não tem orçamento para fazer todos esses investimentos. Precisamos discutir a participação da iniciativa privada nisso.

Na questão da população em situação de rua, outro tema essencial, defendemos o movimento anti esmola, porque sabemos que aquele dinheiro não ajuda as pessoas que estão naquela situação. Existem restaurantes populares, além de todo um setor de acolhimento na Passarela Nego Quirido.

Outro aspecto em que precisa se investir é a capacitação técnica. Aqui na cidade, existem muitos cursos públicos e privados nesse aspecto e precisamos fazer um movimento para divulgá-los. Outros temas abordados, como segurança e tecnologia, também são essenciais.

Quais são os maiores desafios atuais da cidade?

Atualmente, as questões prioritárias são o saneamento básico, a mobilidade urbana, a capacitação técnica e a implementação do Plano Diretor.

E as principais conquistas do Floripa Sustentável?

O mais importante foi conseguir atrair 44 entidades para se filiarem ao movimento, dando voz às demandas delas e repercutindo os nossos posicionamentos e iniciativas. O Plano Diretor também foi uma das grandes conquistas que tivemos junto ao Poder Municipal, e agora temos que acompanhar a execução. Apoiamos a Prefeitura na busca de recursos para projetos de habitação social, uma possibilidade que o Plano Diretor permitiu e facilitou.

Na questão da economia do mar, também articulamos muito para que saísse o edital para a construção da Marina da Beira Mar. Recentemente, tivemos a ameaça de uma intervenção indevida por parte do Ministério Público que, felizmente, não se concretizou. É um projeto que vai fazer bem para o turismo e para a economia.

Qual a questão mais urgente para o meio ambiente?

Hoje, temos 42% da área de Florianópolis como áreas de conservação. E queremos continuar assim. Mas, para isso, precisamos resolver a ameaça das invasões. As pessoas invadem porque precisam de local para morar e não temos programas de habitação social na cidade. Por isso, conquistamos com o Plano Diretor a possibilidade de verticalizar algumas áreas nas centralidades, para resolver ambos os problemas, o da moradia e o da invasão de áreas preservadas.

(ND, 27/06/2024)

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