Destinos, governos locais, instituições públicas, privadas e pessoas físicas ou jurídicas do Brasil podem aderir à Rede Iberoamericana de Destinos Turísticos Inteligentes (DTI), que trabalha o desenvolvimento de localidades do tipo. Instituído no mês junho deste ano, em um evento realizado na Colômbia com a presença de representantes do Brasil, da Argentina, do México e da Espanha, entre outros países, o grupo busca construir alianças e ferramentas para que seus territórios, produtos e serviços respondam a desafios na área.
A participação na Rede se divide entre membros titulares (governos locais ou entidades por eles respaldadas que contem com reconhecimento de DTI ou tenham iniciado o processo planificado de conversão); institucionais (administrações públicas nacionais, estaduais, fundações, associações, federações e grupos administrativos ou entidades que possuam cadastro de pessoa jurídica e sejam relacionados a DTI), e colaboradores (pessoas físicas ou jurídicas de natureza privada que possam contribuir com o trabalho).
Um DTI deve seguir, no mínimo, cinco pilares: governança, sustentabilidade, acessibilidade, tecnologia e inovação. O Ministério do Turismo do Brasil, à frente da Secretaria Institucional da Rede, atua para instituir o modelo no país a partir da adaptação do formato original, criado em 2012 na Espanha, por meio de 10 destinos-pilotos: Rio Branco-AC e Palmas-TO (região Norte); Recife-PE e Salvador-BA (Nordeste); Brasília-DF e Campo Grande-MS (Centro-Oeste); Rio de Janeiro-RJ e Angra dos Reis-RJ (Sudeste) e Curitiba-PR e Florianópolis-SC (Sul).
O ministro do Turismo, Carlos Brito, incentiva a participação na Rede, a fim de favorecer o posicionamento do país como um destino de vanguarda no segmento. “Especialmente no pós-pandemia de Covid-19, quando a busca por soluções tecnológicas por turistas é cada vez mais forte, a inovação deve ser um norte para todos aqueles que trabalham o turismo na ponta. A participação na Rede contribui para que tenhamos soluções cada vez mais articuladas e estratégicas para conquistar o interesse de visitantes”, justifica.
As ações da Rede incluem a troca de experiências, promoção conjunta, o fomento à pesquisa, desenvolvimento metodológico para o aprimoramento da gestão de destinos, a busca por oportunidades de financiamento e subsídios e a integração junto a outras redes e organizações com finalidades semelhantes. Os pedidos de adesão ao grupo devem ser enviados ao e-mail rediberoamericanadti@gmail.com, com cópia aos endereços eletrônicos camila.benitez@idt.gov.co e kris.zapata@idt.gov.co
PROCEDIMENTOS – Candidatos a membros titulares da Rede Iberoamericana de Destinos Turísticos Inteligentes precisam apresentar documento de reconhecimento como DTI, utilizando alguma metodologia ou modelo validado pelo grupo; documento com os resultados do diagnóstico do destino (ou equivalente), também conforme o padrão obedecido, e um plano de ação, de transformação ou estratégico, apontando as iniciativas adotadas ou previstas em cada um dos eixos do formato de DTI aplicado.
Já os interessados em participar como membros institucionais devem indicar documento que comprove a sua constituição formal e legal e uma carta de intenções identificando a entidade e fazendo referência ao seu trabalho relacionado ao turismo, à transformação digital ou a DTI. É preciso, ainda, mencionar temas e ações nas quais considere poder contribuir. Membros colaboradores, por sua vez, devem apresentar proposta de trabalho para execução posterior à adesão.
COMPOSIÇÃO – Na Secretaria Institucional da Rede, o Brasil, por meio do Ministério do Turismo, é responsável por articular projetos e ações relacionados aos temas turismo inteligente, inteligência de mercado e transformação de destinos em DTI, de modo a favorecer a atuação integrada tanto em território nacional como na interrelação dos países e destinos que integram o grupo. Já a presidência da Rede, com um ano de duração, cabe atualmente ao destino inteligente Bogotá, da Colômbia, por meio do Instituto Distrital de Turismo de Bogotá.
Compete à instituição colombiana representar e impulsionar o desenvolvimento da Rede, contando com apoio para o cumprimento das estratégias e do planejamento de ações que permitam a sua consolidação e o seu posicionamento. A vice-presidência do grupo, por sua vez, está a cargo da cidade de Medellín, também da Colômbia, por meio de sua Subsecretaria de Turismo. O órgão acompanha o desenvolvimento integral da Rede e exerce as funções de responsabilidade da presidência no caso de sua ausência.
A Rede possui, ainda, a Secretaria de Relações Internacionais, comandada pela cidade de Tequila, no México, e que trabalha a articulação com outros grupos similares de fora da América Latina; e a Secretaria Técnica, liderada pelo Instituto Ciudades del Futuro (ICF), da Argentina. À esta última cabe estabelecer e validar os marcos metodológicos aplicados aos modelos de DTI de cada um dos países e territórios participantes, além de articular e desenvolver projetos e ações relacionados à formação das equipes de cada um dos membros da Rede.
A criação da Rede Iberoamericana de Destinos Turísticos Inteligentes contou com o apoio da Sociedade Mercantil Estatal para a Gestão da Inovação e Tecnologia Turísticas (SEGITTUR), instituição da Espanha que trabalha com tecnologias turísticas e que foi a pioneira no modelo de Destinos Turísticos Inteligentes no mundo; e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
INSPIRAÇÃO – No último mês de novembro, o Ministério do Turismo do Brasil lançou o Catálogo de Soluções Tecnológicas para Destinos Turísticos Inteligentes. A publicação, elaborada em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o Instituto Ciudades del Futuro (ICF), da Argentina, reúne inovações tecnológicas na área de turismo desenvolvidas por micro e pequenas empresas, startups e órgãos públicos. (Acesse AQUI o catálogo).
O objetivo do catálogo é facilitar o acesso de gestores do setor a soluções que, especialmente no período pós-pandemia, auxiliem os destinos nacionais a melhorar sua competitividade turística, aproximando a oferta e a procura por projetos no ramo. Além disso, o documento busca constituir uma importante vitrine para os responsáveis pelos serviços disponibilizados, a fim de valorizar ações empreendedoras voltadas ao segmento turístico.
O MTur também disponibiliza o Manual Metodológico DTI Brasil, voltado à implantação de destinos do tipo (Acesse AQUI); e também uma cartilha digital sobre o processo de transformação de cidades em DTI, explicando os conceitos envolvidos e os eixos metodológicos aplicados. (Acesse AQUI). As ações conjuntas do MTur e do MCTI na área ocorrem no âmbito da Câmara de Turismo 4.0, colegiado fruto de um acordo de cooperação técnica firmado pelos órgãos em outubro de 2020.
Composto por integrantes dos dois ministérios, de outras pastas públicas federais, estaduais e municipais e representantes da iniciativa privada, o grupo têm como objetivos identificar gargalos à adoção de ferramentas tecnológicas na área, fomentar o desenvolvimento de inovações e incentivar a criação de startups voltadas ao segmento, entre outros propósitos.
(Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo, 07/12/2022)
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