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FloripAmanhã participa do festival de abertura da Fortaleza de São José da Ponta Grossa

Zena Becker, coordenadora do Floripa Sustentável, Jaime de Souza, presidente da FloripAmanhã e Regina Meirelles, superintendente do Iphan.

No último domingo, 1º de maio, ocorreu a solenidade de reabertura da Fortaleza de São José da Ponta Grossa, na Praia do Forte em Florianópolis. O presidente da Associação Floripamanhã, Dr. Jaime de Souza representou a associação no evento.

Aberta ao público em 21 de março, esta foi a primeira das três fortalezas históricas na Ilha de Santa Catarina a abrir as portas após a pandemia de Covid-19. A edificação está, desde 1991, sob gestão da Universidade juntamente com a Fortaleza de Santa Cruz do Anhatomirim e a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones.

O evento teve dez horas de programação, sendo a abertura feita pelo passeio com guias profissionais do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Houve cortejo musical com a Banda Cucamonga, stand-up da Dona Bilica, bloco de carnaval Para Cara, Orquestra de Choro do Campeche e demonstração de esgrima histórica com o SCAM, projeto de extensão do Departamento de História da UFSC.

A fortaleza está aberta enquanto passa por obras de restauração. Uma primeira intervenção ocorreu em 1991 com apoio da Fundação Banco do Brasil, e esta segunda restauração em andamento desde 2020 recebeu recursos do Fundo de Defesa de Direitos Difusos do Ministério da Justiça, através de captação pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan). A obra está na reta final, ainda é possível ver os canhões sendo recuperados na muralha. A fortaleza faz parte de um complexo de defesa da Ilha no século XVIII, e já teve cerca de trinta construções de diferentes proporções, protegendo ilha e baía. O prédio, muralhas e objetos dão testemunho concreto sobre a história do Brasil e da Ilha de Santa Catarina.

Acessibilidade com a inclusão de elevador externo

Os fortes eram parte da estratégia de Portugal para garantir apoio à colonização mais ao sul. Segundo Salvador Gomes, administrador de edifícios das Fortalezas da UFSC, coordenadoria ligada à Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte), “este era um porto natural para parar uma grande esquadra, como retaguarda para a disputa que acontecia lá no Rio da Prata. Lá os portugueses e espanhois estavam guerreando.” A chegada do brigadeiro José da Silva Paes, engenheiro responsável pela construção dos fortes, fez necessária a migração de trabalhadores e suas famílias dos Açores para cá. Salvador conta: “a gente pode dizer que as fortalezas ajudaram a compor essa formação cultural humana”.

A próxima etapa da obra vai garantir a acessibilidade do monumento, contando com a inclusão de elevador externo. Segundo o reitor da Universidade, Ubaldo Cesar Balthazar, o trabalho é contínuo. É necessário “obter mais recursos para fazer a conservação, ter uma manutenção permanente. O problema não é só econômico, a questão é histórica. É a história da ilha que nós estamos recuperando”, conclui. A superintendente do Iphan, Regina Santiago, ressalta que a intenção, desde o início, era que as visitações pudessem acontecer durante a obra, mas foram impedidos pela pandemia de Covid-19. A ideia, explica a gestora, é que as pessoas possam ver como é o trabalho de restauração e tenham contato com o processo.

Estiveram presentes na inauguração o reitor, Ubaldo Cesar Balthazar; a secretária de Cultura e Arte da UFSC, Maria de Lourdes Alves Borges; a coordenadora das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina, Geisa Pereira Garcia; a superintendente do Iphan, Regina Helena Meirelles Santiago; a adjunta do oficial Meio Ambiente do comando da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército; segunda-tenente Gabriela Maria Pereira, o tenente-coronel do 21º Batalhão da Polícia Militar de Santa Catarina, Pablo Pereira; o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Rodrigues Marques; a representante do grupo Floripa Sustentável, Zena Becker; a orientadora do projeto de extensão entre UFSC e IFSC para guiamento nas fortalezas, professora Maria Elena Alemany Soares; o representante da Fundação Catarinense de Cultura, Emanuel de Souza Pereira; e o representante do ICMBio, Marcos Cesar da Silva.

A Fortaleza de São José da Ponta Grossa tem entrada gratuita para a visitação pública a cada primeiro domingo do mês. Ela é um patrimônio histórico-cultural disponível para atividades de educação, turismo, cultura e lazer. Para saber mais sobre as atividades de ensino, pesquisa e extensão que acontecem no espaço das fortalezas, acesse a página: www.fortalezas.ufsc.br e siga as Fortalezas da Ilha no Instagram.

(UFSC, 03/05/2022)

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