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Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 24/11/2019)

À frente da Superintendência de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Florianópolis, Matheus Hoffmann tem o desafio de liderar o processo de implantação do transporte público regional, com a participação de nove municípios. Nesta entrevista à coluna, Matheus fala sobre como está essa discussão e sobre o cronograma que deve ser cumprido antes do lançamento do edital.

A Câmara de Palhoça ainda não aprovou o projeto sobre o transporte regional. Qual é o cronograma da Suderf para implantar o sistema?
No início da atual gestão, foi feita uma reunião com todos os nove prefeitos da região metropolitana. Fizemos a minuta do projeto de lei que precisaria ser aprovado pelas câmaras municipais e todos os prefeitos disseram que tinham interesse em participar. Vamos fazer com quem quiser participar. Se algum não quiser, vai ser uma perda para aqueles usuários, mas nove municípios não podem ficar à mercê de um ou dois.

A ausência do município não traria prejuízo ao projeto?
Para o usuário de Palhoça, sim. As linhas intermunicipais que transitam em Palhoça são responsabilidade do Estado, e vão fazer parte do sistema. Mas as linhas municipais, não. Caso fique fora da integração, o município vai ter que fazer uma licitação e, invariavelmente, subsidiar a passagem. Sob pena de não ter transporte público.

Como está a análise técnica para implantar o sistema?
Incluímos um estudo para inserção, já no primeiro momento, de ônibus sustentáveis. Estamos verificando se será o caso de veículos elétricos, híbridos ou a gás. Isso é um caminho sem volta no mundo. Além disso, evoluímos no projeto executivo sobre os terminais e na discussão sobre quem vai custear as estruturas.

Depois da definição sobre os municípios participantes, qual será a próxima etapa?
Será o detalhamento de todo o processo e, fase seguinte, o lançamento do edital até o final do primeiro semestre de 2020. É importante deixar claro que a gestão do processo integrado não é só do Estado. É associada. Os municípios têm o mesmo direito a voto. Não é o Estado que vai dar as cartas daqui pra frente, ele é partícipe, não toma as decisões sozinho.

Por quê esse projeto è importante para a região?
A gente pretende com essa integração dar prioridade ao transporte público, que é o que precisa. Nossa mobilidade hoje está estrangulada. Precisamos, de uma vez por todas, priorizar um transporte público de qualidade e com um preço justo.

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