Comerciantes do Camelódromo Centro Sul ganham mais 10 dez dias para desocupar imóvel

Os comerciantes dos 154 boxes do Camelódromo Centro Sul, em Florianópolis ganharam mais 10 dias para desocupar o imóvel. A data limite sentenciada pelo juiz federal Hildo Nicolau Peron, para o dia 17 de fevereiro, foi ampliada para o dia 26 deste mês, após uma recontagem no despacho.

A sentença que decidiu pela remoção do camelódromo foi publicada no dia 17 de agosto de 2013, após ter sido adiada duas vezes pela Justiça Federal.

O terreno de 32 mil m2 no aterro da baía Sul, onde está o camelódromo é utilizado pelo município, mas pertence a União.

Apesar de não ter como recorrer à decisão, os comerciantes afirmam que irão lutar por seus direitos. Caso não sejam realocados, ameaçam retornar para a rua Conselheiro Mafra e trabalhar na rua.

Para quem está no local desde o seu início o sentimento é de revolta. “Todo dia é uma desculpa para a prefeitura nos atender. Estamos sendo tratados como lixo. Somos apenas trabalhadores querendo nossos direitos, estamos aqui há 17 anos, não podemos simplesmente ser jogados para a rua. Não temos para onde ir”, reclamou Eliane Arsênio Adriano.

O medo dos comerciantes é de que o local, que já sofre com insegurança, descaso e presença de inúmeros moradores de rua, mesmo durante o dia, piore ainda mais. “Aqui não tem policiamento, ou vai virar um estacionamento ou antro de drogas, como já é. Nós que cuidamos da segurança, que movimentamos o local”, diz Ivonete Rabelo.

Apesar de o movimento ter diminuído nos últimos anos, os comerciantes temem perder a única fonte de sustento de suas famílias. “Batalhamos o ano todo, convivemos com a insegurança, o movimento é fraco e ainda querem tirar o nosso sustento. É pouco, mas é o que temos”, lamenta o comerciante Clovis Adriano.

A prefeitura de Florianópolis, no entanto, garante que por também ser réu no processo, não pode ir contra a decisão. “O processo obriga a desocupação.

Eles não podem exercer a atividade sem a licitação. Infelizmente não temos esse poder, estamos impedidos legalmente”, explicou o procurador geral do estado, Alessandro Abreu.

(ND, 19/02/2015)

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