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Hemosc compõe rede nacional de coleta e armazenamento de sangue de cordão umbilical

Desde 2009, o Hemosc vem realizando a coleta de sangue do cordão umbilical de mães voluntárias na Grande Florianópolis, e, mais recentemente, em Joinville. O material coletado é processado e as células-tronco são armazenadas para utilização em tratamentos de transplante de medula óssea. Esta ação do hemocentro catarinense integra a rede BrasilCord de 13 bancos de células-tronco hematopoiéticas existentes no país.

“As células-tronco hematopoiéticas são indicadas aos pacientes que precisam de transplante de medula óssea”, explicou à Agencia AL Ruth de Oliveira, bioquímica do Banco de Sangue de Cordão Umbilical do Hemosc.

Se compatíveis, elas podem vir a ser transplantadas ao paciente receptor, dependendo do tipo e estágio da doença. Os dados dos pacientes receptores são cruzados com os dados do Registro Brasileiro de Doadores e também com os do Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário.

“A partir da doação voluntária, o material deixa de ser identificado. As células-tronco ficarão armazenadas por até 20 anos, de acordo com a legislação, esperando a confirmação de compatibilidade para a doação. O material é doado semelhante a uma doação de sangue”, pontua a especialista.

Tanto a coleta, manejo e armazenamento das células-tronco seguem um rigoroso padrão de qualidade em toda a rede no país. “Já fizemos 800 coletas no período. Destas, 600 unidades foram armazenadas e 400 estão disponíveis para busca de compatibilidade”, contabiliza Ruth. Apesar da quantidade, nenhuma amostra catarinense ainda foi utilizada.

Banco nacional

A intenção é criar no Brasil, em 10 anos, bancos deste tipo de célula-tronco suficientes para atender toda a demanda. “Por enquanto a coleta acontece paulatinamente, com qualidade, somente em hospitais públicos. Mesmo que a gestante queira doar em maternidades privadas, não é possível”, observa a bioquímica.

Em Santa Catarina, as coletas são realizadas durante a semana, das 8 às 17 horas, no Hospital Regional de São José e Maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis. Em Joinville, o procedimento é realizado na Maternidade Darci Vargas.

Como doar

O Hemosc mantém enfermeiras treinadas para a coleta nas unidades de saúde. Elas fazem a abordagem com as gestantes antes do parto, levando em conta uma série de critérios: a mãe deve ter mais de 18 anos, no mínimo duas consultas pré-natais documentadas, idade gestacional igual ou superior a 35 semanas e gestação tranquila, independente do parto.

“Em cada 10 abordagens, apenas uma se nega à doação”, afirmou a enfermeira Susana Guedes dos Santos, que há um ano realiza coletas na Maternidade Carmela Dutra. No momento do parto são retirados cerca de 100 ml de sangue do cordão umbilical. O material segue para o Hemosc, onde é estudado e processado antes da liberação para a doação.

Para saber mais sobre a doação de sangue de cordão umbilical, clique aqui.

(Agência ALESC, 10/07/2014)

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1 Comentário

  1. Cadu disse:

    Interessante o texto. Pesquisando mais sobre o assunto, encontrei este outro artigo que me pareceu bastante esclarecedor: http://www.anaesposito.com.br/cordao_umbilical.aspx

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