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Projeto para quarta ligação prevê barcas e teleférico

As estradas foram deixa­das de lado no planejamento das empresas Esse Engenha­ria Consultiva (Florianópolis) e CCR – Companhia de Concessões Rodoviárias (São Paulo) para li­gar a Ilha de Santa Catarina ao Continente. A proposta consiste num modelo que abrange siste­ma marítimo de transporte de passageiros e veículos por meio de barcas e ferry boats e sistema aéreo a cabos (teleférico), com implantação de estações de em­barque/desembarque em pontos estratégicos da região. Pelo proje­to, são oito locais para parada dos teleféricos e quatro estações para o transporte marítimo.
Segundo a ideia apresenta­da pelas empresas, há a neces­sidade de um investimento de R$ 630 milhões para o sistema marítimo e estimam-se investi­mentos totais da ordem de R$ 330 milhões para o transporte aéreo. Somente os estudos estão avaliados em R$ 8 milhões.
Para ligação dos teleféricos, a intenção é colocar linhas do Shop­ping Itaguaçu, em São José, em di­reção ao Centro de Florianópolis. A sequência do transporte acon­teceria do Centro até o campus da UFSC e, por último, da Universi­dade até a Lagoa da Conceição. Haveria ainda bases nos bairros Coqueiros, Capoeiras e no mi­rante do Morro da Cruz.
No plane­jamento para o transporte maríti­mo, estão previstas quatro estações de entrada e saída. A primeira na região continental Norte, com bar­cas de passageiros em direção ao Centro e ferry boats em rota para Santo Antônio de Lisboa. Ali esta­ria outra estação, com rotas para o Continente. No Centro, estaria a terceira estação, com barcas para a região continental e, por fim, uma estação continental Sul com ferry boats em direção a Santo Antônio e barcas para o Centro. Em todas as estações os ferry boats levarão passageiros e automóveis.
Para colocar o sistema em prá­tica, as empresas preveem três anos para o transporte marítimo e um ano e meio para as estações de teleférico entre o shopping e o Centro e da UFSC à Lagoa. A cons­trução das estruturas do Centro à UFSC seria de um ano.
Economia de combustíveis e de tempo
A grande vantagem com a implantação do sistema de transporte marítimo é a oportunidade de gerar economia. Somente em combustíveis, em torno de R$ 570 milhões seriam economizados.
As barcas e ferry boats teriam, segundo dados da Esse e CCR, uma demanda de 17 milhões de passageiros por ano, oito milhões de veículos e receitas tarifárias de R$ 200 milhões nesse mesmo período. No caso do modal aéreo, há uma estimativa de 14 milhões de passageiros por ano, além de uma receita de R$ 55 milhões.
Em horários de pico, o deslocamento entre a região da BR-101 e o Centro de Florianópolis pode levar mais de uma hora. Segundo dados das empresas responsáveis pelo projeto, o sistema de teleféricos deve fazer o mesmo trecho em 18 minutos. Nesse modal é possível realizar 5.000 viagens por hora e por sentido.
Enquanto isso, no projeto marítimo estão previstos ferry boats com capacidade de transportar até 70 veículos. Já os modelos de barcas utilizados nos cálculos das empresas têm capacidade para transporte de 600 pessoas.
Entenda a série
O Notícias do Dia apresenta com detalhes cada um dos 12 projetos para novas ligações entre a Ilha de Santa Catarina e a região continental. Participam 11 empresas de construção e planejamento de nível nacional e internacional, além de uma engenheira recém-formada pela UFSC. Essas propostas foram apresentadas pelo governo do Estado no dia 30 de julho. Todas foram enviadas de forma gratuita e, uma delas (ou uma junção de várias), se transformará no projeto final. O governo tem até setembro para definir qual a melhor forma para ligação.
(ND, 18/08/2012)

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