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Projeto da Capital ganha prêmio nacional de meio ambiente

A iniciativa é simples. A água da chuva, geralmente desperdiçada, é usada para regar plantas, abastecer vasos sanitários e limpar sete núcleos de educação, ocupados por 2.691 alunos na Capital. O projeto, implantado em 2008, ganhou prêmio nacional, entregue ontem, em Brasília, e servirá como exemplo na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

A cidade foi premiada pelo Ministério do Meio Ambiente, em função das “boas práticas em sustentabilidade”. A Capital ficou em terceiro lugar na categoria “manejo das águas no contexto urbano”. Só no núcleo dos Ingleses, as cisternas pluviais economizam 80 mil litros de água, mensalmente.

A creche Lausimar Maria Laus, no Rio Vermelho, é uma das instituições que participam do projeto. O sistema foi implantado há quatro anos e tem uma estrutura básica: canos são interligados às calhas – onde escorre a chuva. Essa água passa por um filtro, que retém sujeiras maiores, como as vindas do telhado, e depois vai para a caixa d’água. O sistema de bombeamento impulsiona o líquido para algumas torneiras.

E nessa utilização de água gratuita, Lausimar economizou R$ 24 mil dos cofres públicos, desde a implantação. O secretário da Educação de Florianópolis, Rodolfo Joaquim Pinto da Luz, antecipou que as três creches que estão sendo construídas terão esse sistema de captação. E na escolinha da Costeira, que espera verba do MEC (Ministério da Educação) para que iniciem as obras, serão testadas placas de energia solar.

“A questão não é só economia, mas a educação das novas gerações para as necessidades do planeta, mais carente de ações sustentáveis”, concluiu Rodolfo.

Festa na hora de regar a horta

“É hora de cuidar da natureeeeeza”, gritam, em coro, algumas das 191 crianças que frequentam a creche Lausimar Maria Laus. Uma eletricidade contagia os pequenos quando seu Lindomar João Spindola traz a mangueira. É o momento de regar a horta!

O funcionário logo perde o posto. Quem carrega a mangueira são os alunos. Numa grande corrente de mãos para molhar – com água da chuva – as abóboras.

A brincadeira educa na prática para um mundo que está em transformação. O resultado surge aos poucos, como um primeiro passo ou um lampejo, como o de Gabriela Maria Zanqueta, 5 anos. “Também quero horta em casa!”, exclamou a menina.

Rebeca “sapeca”, como se identifica, contou que tem um pé de bananeira onde mora. E vai pedir para a mãe “pegar chuva” para regá-la.

Sustentabilidade acessível e necessária

Luiz Sergio Philippi, professor de engenharia sanitária e ambiental da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), estimula a prática individual. “A água da chuva é gratuita, abundante e pode trazer benefícios e economia.”

O professor ensina a população a coletar a água por meio de cisternas – que podem ser adaptadas com potes, vasos, bacias – e utilizá-la para “lavar a casa, as calçadas, as roupas ou regar o jardim”. Lembrando que, depois da chuva, é preciso tampar os recipientes para controlar a proliferação do mosquito da dengue.

Além do benefício ecológico, esse sistema de captação e retenção pluvial contribui para o controle das enchentes e alagamentos, segundo o professor. Reduzindo a quantidade de águas que escoam para as ruas e bacias hidrográficas.

O que é o prêmio

É uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente, que premia as melhores ações em sustentabilidade ambiental urbana. O objetivo é divulgar as boas práticas municipais e gerar um intercâmbio de experiências.

Os 18 trabalhos em prol de uma sociedade consciente, que venceram a disputa, serão divulgados na Semana do Meio Ambiente. E na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada em junho, no Rio de Janeiro.

Quem participa

Escola Brigadeiro Eduardo Gomes – Campeche

Escola João Gonçalves Pinheiro – Rio Tavares

Escola José Amaro Cordeiro – Morro das Pedras

Creche Lausimar Maria Laus – Rio Vermelho

NEI (Núcleo de Educação Infantil) – Armação

NEI – Ingleses

Nei São João Batista – Rio Vermelho

(Aline Torres, ND, 30/03/2012)

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