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Muro já deveria existir no Complexo Prisional de Florianópolis

Promessa é de que as obras para separar complexo da comunidade comecem até a semana que vem

– A construção do muro deve começar esta semana, no mais tardar, até a semana que vem. A promessa é do diretor de Planejamento da Secretaria de Justiça e Cidadania, Roberto Garcia, sobre o muro que deverá ser construído entre o Complexo Prisional de Florianópolis, no Bairro Trindade, e a comunidade do Morro do Horácio.

Ontem, técnicos estiveram no local para tirar as medidas. A obra é considerada emergencial e, por isso, não passará pelo processo de licitação. No domingo, aconteceu a fuga de 78 detentos.

Às 14h de ontem, o novo diretor da penitenciária e da central de triagem, Leandro Antonio Soares, assumiu a gerência. Soares disse que o muro era uma iniciativa ainda da gestão anterior, do diretor Joaquim Valmor de Oliveira, e “não da noite pro dia”. O novo gestor reconheceu que a agilidade para a construção veio após a fuga de domingo.

O interior da central de triagem continua nas mesmas condições após a fuga em massa. São quatro agentes penitenciários para a área que, antes dos presos saírem, abrigava 206 pessoas.

– Assumi a diretoria há poucas horas. Ainda estou revendo as escalas – finalizou Soares.

Uma equipe de reportagem da RBS TV flagrou a situação nos fundos do complexo ao percorrer a trilha usada pelos presos até o Morro do Horácio. No caminho havia dezenas de roupas com numeração carcerária e nenhuma barreira que dificultasse a fuga.

Alguns presos que escaparam já saíram dos limites de Florianópolis. Dois foram encontrados em Palhoça no fim da noite de segunda-feira. Ronaldo da Silva e Itamar Moreira Branco foram pegos pela Polícia Militar. A PM localizou os dois por volta das 20h. Eles passaram a noite na delegacia de Palhoça. Ontem, eles foram encaminhados de volta para a central de triagem.

Com essas prisões, dos 78 presos que escaparam domingo, 22 foram recapturados e um morreu assassinado.

Uma equipe do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) esteve na central de triagem segunda-feira para analisar de perto o local e conversar com os presos recapturados. Para a juíza Soraya Brasileiro Teixeira o episódio receberá destaque no relatório do 1º Mutirão Carcerário do CNJ, em Santa Catarina.

– A fuga confirmou o que a gente estava esperando – disse, relembrando uma vistoria ocorrida no dia 15.

A equipe está em SC desde o início do mês e fica até 13 de julho. O relatório final ainda será concluído, mas a juíza já adiantou as impressões sobre a central de triagem.

– Existe uma fragilidade exagerada. Estivemos lá e constatamos muitas falhas de segurança. Pontos cegos, falta de espaço específico para receber visitas e advogados. Percebemos que a segurança estava sendo negligenciada – criticou Soraya.

(Por Pedro Rockenbach, DC, 29/06/2011)

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