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FATMA alerta sobre as condições de balneabilidade em Canasvieiras

Depois das enxurradas dos dias 22 e 23, melhora da balneabilidade foi notada apenas esta semana

Os efeitos das chuvas fortes do final de semana de 22 e 23 de janeiro prejudicaram os turistas no Norte da Capital. A qualidade da água do mar em Canasvieiras também acabou afetada com a presença de coliformes fecais. Com seis pontos monitorados periodicamente, a Fundação do Meio Ambiente – FATMA constatou que todos eles estavam impróprios para o banho na semana passada.

As placas de advertência aos banhistas foram alvo de vandalismo e uma delas foi encontrada submersa pelos técnicos. Os responsáveis pelas análises da Fundação notaram uma melhora esta semana, quando apenas os pontos 22, junto ao trapiche, e o 59, na Rua Acari Margarida, permanecem impróprios ao banho.

“Sempre que chove recomendamos cautela no uso dos balneários, principalmente onde existe o deságue de rios, valas e tubulões”, diz Marlon Daniel da Silva, responsável técnico pelas análises de balneabilidade feitas pela FATMA. Marlon observa que após enxurradas a cautela da população deve ser maior ainda.

O técnico da FATMA conta que no dia 25 de janeiro foi efetuada a coleta de água em mais de 30 pontos monitorados no Norte da Ilha e na sexta-feira, 28, foi constatado que no balneário de Canasvieiras os seis pontos apresentaram impropriedade ao contato primário de recreação. Logo após a divulgação dos resultados foi efetuada a troca dos adesivos nas placas nos pontos do Balneário. “Infelizmente as placas dos pontos 60 e 55 não foram encontradas, provavelmente subtraídas por descontentes com o monitoramento e a placa do ponto 59 estava submersa, no grande volume de água do rio que deságua naquele local”, observa Marlon.

Segundo ele, a incidência pluviométrica contribui potencializando a impropriedade dos pontos monitorados e, no caso específico de Canasvieiras, o balneário sofreu o rompimento da barra do Rio do Braz, próximo ao trapiche, ponto 22 do monitoramento realizado pela FATMA. O técnico destaca que este rio normalmente permanece com seu contato ao mar fechado, só rompendo em fortes chuvas e ação da maré. O técnico observa que o rio vem da antiga Colônia Penal, permeando por entre o bairro e recebendo provavelmente direta ou indiretamente contribuições de esgoto tendo inclusive próximo à foz a presença de Estação Elevatória de Esgoto que quando apresenta problemas extravasa para o rio o esgoto que deveria recalcar.

De acordo com Marlon, nas avaliações que o rio do Braz sofreu por diversas oportunidades, sempre apresentou valores significativos de contaminação fecal, ou seja, ele serve como depósito de águas contaminadas. Seu rompimento causou o efeito e o dano apresentado no sétimo relatório de Balneabilidade da temporada 2010-2011 divulgado pela FATMA.

“Estes acontecimentos demonstram a fragilidade do sistema e a grande quantidade de pontos ainda com problemas, além da vulnerabilidade do sistema de coleta de esgoto. A grande quantidade de águas pluviais no sistema de coleta foi percebida tanto nas caixas de inspeções defronte aos domicílios bem como ao meio das vias”, avalia o técnico.

Marlon Silva observa que a pior fase passou, como mostram os resultados das amostragens feitas no dia 31 de janeiro, onde é possível observar os quatro últimos resultados. Os pontos: 20 na Rua das Flores; 21 na Avenida das Nações; 55 na Rua Heitor Bitencourt e 60 no canto esquerdo próximo às pedras retornam à condição de próprios para banho. Os pontos 22, junto ao Trapiche e 59, na Rua Acari Margarida, permanecem impróprios ao banho.

MAIS UMA VEZ SOLICITAMOS: EM SITUAÇÕES DE FORTES CHUVAS POR MÁXIMA CAUTELA EVITE O BANHO POR NO MÍNIMO 48 HORAS E O CONTATO COM ÁGUAS DE ENCHENTES TAMBÉM DEVE SER EVITADO.

AS AVALIAÇÕES, COLETAS E ANÁLISES, SÃO SEMANAIS CONSECUTIVAS, SÃO PONTUAIS E REPRESENTAM O MOMENTO AMOSTRADO.

Ver Anexo Balneabilidade Canasvieiras

(Fatma, 03/02/2011)

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