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Poluição sonora

Artigo escrito por Rafael Ribeiro, Engenheiro ambiental (DC, 28/04/2010)

O ruído é o principal poluente depois da contaminação hídrica. O barulho permeia atividades por 24 horas e é apontado como uma das causas da falta de qualidade de vida em grandes cidades. Pesquisas em acústica estão voltadas para minimização da poluição sonora, com o objetivo de melhorar o bem-estar da população. O barulho ao qual estamos expostos diariamente pode ser causador de doenças irreversíveis. É o caso da surdez. Um ruído acima de 105 dB faz com que o ouvido comece a ter perda auditiva após meia hora de exposição sem proteção auricular.

Além disso, a saúde sofre com o estresse, mudanças de humor, dificuldade de concentração, e podem refletir em baixa produtividade. O incômodo provocado pela poluição sonora é um atributo subjetivo. Devido a isso, pesquisadores têm dificuldade em avaliar quantitativamente a perturbação, pois depende da noção de audibilidade do ouvinte, do grau de aceitação do barulho, da escolaridade e do próprio desconforto que causa.

Entre as fontes de ruído temos os sistemas de transporte, indústrias, casas noturnas, templos religiosos, escolas, máquinas, propaganda em carros, aparelhos domésticos, obras de construção civil, etc. Construções de habitações próximas das vias de tráfego intenso são inviáveis por conta do elevado grau de pressão sonora.

A residência pode se tornar um espaço de estresse. Isso justifica o desenvolvimento de pesquisas em acústica, voltadas à redução dos ruídos em locais de convivência e circulação pública.

A engenharia tem possibilitado às fábricas aprimorarem novas tecnologias com baixo custo de produção e com diferencial no mercado. O consumidor precisa exigir equipamentos que não agridam o meio ambiente, recicláveis, biodegradáveis e mais silenciosos. Projetos e construções devem priorizar estudos das emissões de barulho, formas de diminuir esse impacto e plano de monitoramento de ruído. Mas para isso é necessário conscientizar as pessoas de que o excesso de ruído prejudica a saúde. Estão comprovadas pela ciência e pela literatura médica.

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1 Comentário

  1. monica disse:

    Apenas conscientizar nunca foi suficiente, precisamos de leis com punicoes, e uma policia que nao seja tolerante com o desrespeito, uma midia que nao proteja os patrocinadores que aviltam os direitos do cidadao pagador de impostos, que elegeu esta cidade em busca de mais qualidade de vida e sossego.A Floram, que antes tinha plantao, nao tem mais, entao ficamos desprotegidos diante carros de som( sugiro NAO comprarem de quem usa este expediente), festas particulares e estabelecimentos que nao respeitam o nivel de decibeis e horarios de silencio.Sem mencionar os carros com musica alta na rua.Mesmo durante o dia, deveria ser aplicada multa a quem nao respeita o silencio, incluindo-se ai os foguetes e rojoes.Ja ouvi casos de quem infartou com o susto.Saude eh tudo.

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