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16/01/2008
Consenso
16/01/2008

Da coluna de Moacir Pereira (DC,16/01/08)
Os empresários dos setores da construção civil, comercial e de serviços de Florianópolis reúnem-se nesta quinta-feira (17/01), às 18h, na sede do Sinduscon, para discutir o conteúdo do pacote imobiliário enviado à Câmara pelo prefeito Dário Berger e as ações que serão desencadeadas.
O alvo continua sendo o projeto da moratória já na Bacia do Itacorubi. O setor produtivo não aceita a forma como o prefeito enviou as mensagens. Questiona o período – a Câmara está em recesso. Contesta o conteúdo – a proposta volta a criar um clima de insegurança jurídica entre os investidores e ameaça afetar a construção civil, gerando desemprego, o que resultará, segundo dizem, em mais miséria e criminalidade. E refuta a oportunidade. Os líderes do segmento alegam que a medida é populista e eleitoreira e dizem que o prefeito deveria debater outra alternativa com os próprios empresários, que, segundo o presidente Hélio Bairros, “também desejam preservar a qualidade de vida da cidade”.
Um dos argumentos do Sinduscon: quando uma empresa constrói um prédio na cidade melhora a condição habitacional de famílias, dinamiza dezenas de atividades no setor comercial, dá emprego para os mais diferentes profissionais e agiliza a economia local. E a própria prefeitura tem automático aumento da arrecadação municipal. O problema é que este dinheiro não é investido em obras de infra-estrutura. O mesmo ocorre em relação à Casan, na melhoria do sistema de água e esgoto, e com a Celesc, na distribuição de energia de qualidade. Arrecadam, mas não reinvestem.
Rejeição
Um exemplo que simboliza o ponto de vista do setor: a Magno Martins está entregando dois blocos com 150 apartamentos nos altos da Felipe Schmidt, onde funcionou, durante anos, a agência Ford. Com o imóvel desocupado, a prefeitura recebia cerca de R$ 5 mil de IPTU. Agora, com as unidades entregues, a receita ali subirá para R$ 300 mil, no mínimo. O empresário Walter Koerich Filho considera fundamental que o Plano Diretor seja respeitado, que as regras do jogo dos investidores sejam claras e definidas e que esta situação de insegurança jurídica seja sepultada.
– Nós também queremos manter a qualidade de vida. O que está faltando é planejamento urbano.
A executiva do Democratas de Florianópolis examinou o pacote do prefeito. Bombardeou a iniciativa e o conteúdo, através do presidente Paulo Bornhausen:
– Os cinco projetos foram enviados com uma única justificativa. E, dos cinco subscritores, nenhum técnico. Três deles foram indiciados pela Moeda Verde: o prefeito Dário Berger, o delegado Ildo Rosa e o procurador Jaime Souza. Eles não têm moral nem credibilidade para assinar estes projetos.
Dário Berger deu uma sinuca de bico. Se o pacote for aprovado, fica mal com os empresários e fatura na população. Se for rejeitado, também fica bem no eleitorado.

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