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Inovação no transporte é desnecessária

Deslocar-se por Florianópolis pode ficar mais fácil para os portadores de deficiência física e visual do município. Tramita na Câmara de Vereadores, um projeto de lei de autoria do vereador Acácio Garibaldi S.Thiago Filho (PP), que autoriza os ônibus do transporte coletivo urbano da Capital a pararem em outros locais, independentemente de serem pontos de embarque ou desembarque de passageiros. Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos (Aflodef) e Sindicato dos Transportes de Empresas Urbanas de Florianópolis (Setuf) são contra a proposta.

Acácio diz que isso beneficiaria diretamente esse segmento da população, que sofre para utilizar o transporte coletivo. A idéia é semelhante a um projeto que já vem sendo desenvolvido em Curitiba. “Trata-se de proteger o direito destas pessoas, garantindo a elas uma condição de vida mais digna”, disse.

Pelo projeto, os deficientes poderiam requisitar a parada dos ônibus em qualquer local da cidade. Sobre a possibilidade de haver congestionamentos no trânsito, Acácio acredita que isso não irá acontecer, “pois o número de deficientes na cidade é baixo se comparado a outros locais”.

Dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que somente na Grande Florianópolis há cerca de 3 mil pessoas com algum tipo de deficiência. De acordo com a auxiliar administrativa da Aflodef, Patrícia Borges Furtado, o projeto pode ser muito importante, já que ajudará os deficientes que necessitam diariamente de transporte.

Patrícia acredita, no entanto, que o número de deficientes na região seja maior hoje do que o divulgado pelo IBGE. Somente na Aflodef existe o cadastro de 2, 6 mil pessoas. Outro projeto que irá beneficiar os deficientes já foi aprovado pela Secretaria Municipal de Transporte e consistirá em levar estas pessoas através de um agendamento prévio para qualquer tipo de compromisso, seja profissional ou de entretenimento.

Inicialmente, serão fornecidos cinco vans, mas a idéia é ampliar esse número com o tempo. A previsão é que o novo serviço comece a funcionar a partir de 2008. Os deficientes também deverão ter espaço para trabalhar na central responsável pelos agendamentos. “Queremos com isso contribuir para a inclusão deles à sociedade”, disse.

O presidente da Aflodef, José Roberto Leal, o Zezinho, criticou o projeto de Acácio apontando que isso não beneficiará a população de deficientes da cidade. Zezinho acredita que o grande auxílio aos deficientes deve ser o investimento do poder público em projetos e melhoramentos nas vias da cidade, como nos pontos de ônibus, nas calçadas e nos prédios. “Os deficientes têm que sair de casa sem precisar da ajuda de ninguém. Eles têm que ter essa independência de locomoção”, disse.

Setuf critica proposta e as condições de calçadas

Para o presidente do Sindicato dos Transportes de Empresas Urbanas de Florianópolis (Setuf), Waldir Gomes da Silva, caso o projeto de lei do vereador Acácio Garibaldi S.Thiago Filho (PP), seja aprovado, só complicará ainda mais a situação caótica do trânsito na Capital. “Os problemas de deslocamento já são grandes na nossa região. Imagina então se esse projeto for aprovado”, critica.

Silva defende que o principal caminho para auxiliar na questão dos deficientes é cobrar do poder público o cumprimento da lei de acessibilidade, que garante direitos a estas pessoas, principalmente na questão de deslocamento pelas vias públicas.

O presidente do Setuf sugere que seja dada atenção à situação das ruas e calçadas da cidade, a maioria absoluta sem condições de receber cadeirantes. “Se as ruas tivessem uma boa estrutura, eles poderiam circular com mais facilidade e não haveria tantos problemas”, diz.
Segundo Gomes, a partir de 2008, todos os novos ônibus que forem adquiridos pelas empresas de transporte terão que ter elevadores para deficientes físicos . Atualmente, cerca de 45 ônibus na Grande Florianópolis já estão adaptados para facilitar o acesso e o desembarque de cadeirantes.

(A Notícia, 30/10/2007)

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1 Comentário

  1. caren disse:

    achei otimo pois tenho um filho deficiente,que vai ha escola de onibus algus motoritas ja param em pontos que facilitam espero que aprovem logo.tambem fiquei supreza pois agora querem cobrar a passagem doacompanhante; pois se o deficiente for incapaz de se locomover sozinho,se não tiver a passagem não porei acompanhar ESPERO QUE ESTA REGRA CAI POIS ESTUPIDES TEM QUE TER LINITE.

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