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Alternativas para controle da população de animais de rua em cidades da Grande Florianópolis será discutida hoje no auditório da reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na Capital.

O encontro é organizado por entidades envolvidas com a causa, principalmente organizações não-governamentais (ONGs). “Convidamos também vereadores e prefeitos. Esperamos que eles venham”, afirma a arquiteta Ana Lúcia Martendal, voluntária da ONG Instituto É o Bicho. O encontro terá a participação também de líderes comunitários, é aberto à população em geral e começa às 19 horas.

Um dos principais pontos será a adoção de políticas de controle da população de animais de rua em cidades como Tijucas, Biguaçu, Palhoça, São José e Antônio Carlos. Segundo Ana Lúcia, programas de esterilização dos animais e campanhas educativas em escolas seriam os métodos mais eficazes de resolver o problema.

“Se concentramos nas crianças, no futuro teremos cidadãos conscientes de que abandono de animais é crime”, diz Ana Lúcia.

A arquiteta reclama que as prefeituras tomam poucas iniciativas e quase todo o trabalho fica com voluntários. “Mas não é um compromisso apenas do poder público. Os cidadãos também têm responsabilidade, mas sempre acaba para poucas pessoas resolverem os problemas”, diz.
A coordenadora do Bem-estar Animal de Florianópolis, Maria da Graça Dutra, lembra que a questão envolve a saúde pública, por causa do risco de transmissão de doenças como raiva e leishmaniose. É comum, ainda, acontecerem acidentes envolvendo carros e animais que tentam atravessar vias de trânsito rápido.

Em Florianópolis, existe desde 2005 a Coordenadoria do Bem-estar Animal (Coobea), ligada à Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com a coordenadora Maria da Graça Dutra, foram esterilizados cerca de dez mil cães e gatos. Para ela, a situação na Capital “nunca esteve tão boa e a Prefeitura está fazendo o que pode” para combater o problema. “Temos que discutir menos e arregaçar as mangas. Eu tenho só dois voluntários que sobem os morros para fazer o trabalho nas favelas”, diz.

(Felipe Silva, A Notícia, 04/07/2007)

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