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Subestação da Celesc não será na área central

Após dois anos de discussão, chegou ao fim, pelo menos no âmbito legislativo, a briga entre Celesc, Câmara de Vereadores e comunidade envolvendo a construção de uma subestação de energia na Rua Ângelo Laporta, no Centro da Capital.

Na noite de terça, os vereadores derrubaram, por unanimidade, o veto do prefeito Dário Berger ao projeto de lei complementar que alterava o zoneamento da região. Com a decisão, a área volta a ser considerada como Residencial Exclusiva (ARE) o que, na prática, impede a instalação da subestação no local.

Segundo Miguel Ximenes, presidente da Celesc, a empresa buscará uma solução jurídica para a questão, através de um mandado de segurança, com o objetivo de assegurar o direito de utilização da área.

Estatal diz que há risco de desabastecimento

O projeto da subestação vem sendo desenvolvido há 10 anos e, conforme definição do corpo técnico, a Ângelo Laporta seria o local ideal para a construção devido às necessidades da cidade.

– A questão é simples: ter ou não ter luz. O abastecimento já estará comprometido no Verão e, para o ano que vem, o problema já está anunciado – declarou Ximenes.

Representantes da comunidade que lotaram o plenário exigindo a derrubada do veto alegam que não foram consultados sobre a mudança no Plano Diretor, conforme exigência legal. Além disso, afirmam que a obra traria transtornos e perigos, como ruído, irradiação eletromagnética e utilização de explosivos, afetando diretamente a população.

De acordo com o vereador Márcio de Souza (PT), um dos maiores opositores à construção da subestação no local, com a derrubada do veto, a Câmara se redimiu do erro que colocou a comunidade numa situação de desconforto e risco.

– Essa atitude de rever uma posição e voltar atrás para consertar os estragos deve servir de exemplo para ações futuras.
(Taís Shigeoka, DC, 24/08/2006)

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