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Após caso do Rio do Brás, capital enfrenta poluição no Rio Papaquara

Após problemas de poluição no Rio do Brás, agora moradores do Norte de Florianópolis reclamam da poluição no Rio Papaquara, como mostrou o Jornal do Almoço. Conforme o ICMbio, a área não poderia ter despejo de nenhum efluente. Já segundo a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), desde 1996 há uma licença emitida pela Fatma que autoriza o despejo de esgoto tratado no Rio Papaquara.

“Esse cheiro está horroroso. E a água, cada vez mais preta, imunda. Não tem como entrar no rio”, disse a aposentada Maria Bandeira. Os moradores afirmam que a situação se agravou depois que Casan fechou, em janeiro de 2015, um dos canais que ligava o Rio Papaquara ao Rio do Brás.

“Coincidência ou não, depois que o efluente da estação de tratamento foi colocado pra cá, com as aberturas das valas e não mais para o Rio do Brás, o esgoto aqui aumentou muito”, disse o presidente da Associação de Moradores de Canasvieiras, Sebastião dos Santos.

Conforme a Casan, a ação de fechamento foi emergencial e hoje a obstrução já pode ser removida. “Fez parte de toda a perícia que acompanhou o ano de 2016 a Casan e, no final, todas as ações do Norte da Ilha. Dentro dessa perícia foram aprovadas, encerrando o processo”, disse o superintendente da região metropolitana da Casan, Lucas Arruda.

‘Quase zero de oxigênio’

O Rio Papaquara deságua no Rio Ratones. A poluição afeta uma região de mangue de cerca de 750 hectares. “A situação é grave porque a gente tem registrado pontos de poluição muito grande no Rio Papaquara, de quase zero de oxigênio, peixes mortos. Então é grave, está se agravando a cada ano a medida que aumenta a procura da ilha”, disse a analista ambiental Edinéia Corrêa.

Casan e ICMBio acreditam que o maior problema ainda são as ligações clandestinas de esgoto e a ocupação irregular em áreas de preservação permanente.

Comunidades como a do Papaquara e do Canto do Lamim,  por exemplo, não têm rede coletora de esgoto porque a Casan não pode colocar a tubulação em uma área que não é reconhecida oficialmente pela prefeitura. Por enquanto, essas ocupações são consideradas irregulares, o que pode mudar com o Plano Diretor de Florianópolis.

(G1  Santa Catarina, 24/01/2017)

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