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Recuperação das pontes Colombo Salles e Pedro Ivo Campos demora para sair do papel

(Por Rafael Martini , Diário Catarinense, 10/08/2016)

Antigo ditado popular usava a expressão boi na linha (férrea) para explicar um atraso ou justificar entrave na conclusão de um trabalho. Ao se analisar a demora do governo do Estado para colocar em prática a recuperação das pontes Colombo Salles e Pedro Ivo, as duas únicas vias de acesso entre a Ilha e o continente, há quem veja um “boi nas pontes”.

Para os simples mortais fica difícil entender como o Centro Administrativo insiste em destinar R$ 262 milhões para a reforma da Hercílio Luz, que não vai resolver quase nada na mobilidade urbana, enquanto posterga a não poder mais a obra orçada em R$ 29 milhões, fundamental na vida de pelo menos 170 mil usuários por dia.

O mais recente entrave foi o questionamento do TCE ao modelo utilizado para a contratação da empresa responsável pela supervisão. O edital lançado pelo Deinfra foi o pregão presencial, mas o Tribunal de Contas entende que o correto seria a modalidade de concorrência. O Estado diz que sem supervisão não pode começar a obra, mas para o Ministério Público nada foi comunicado a respeito. Aliás, vale lembrar que uma conhecida empresa da Capital prestou serviço por mais de 10 anos de supervisão das obras da ponte Hercílio Luz. E deu no que deu.

Há três anos o MP provoca o Deinfra para que coloque em prática, com urgência, a reforma dessas duas pontes que estão se deteriorando a olhos vistos. No caso da Colombo Salles e Pedro Ivo, há quem questione, inclusive, como o corpo jurídico do Deinfra, considerado muito qualificado, cometeria um erro quase infantil ao selecionar o modelo errado de edital. Ou seria mais uma manobra para atrasar for falta de dinheiro?

A novela da reforma dessas pontes se arrasta há tanto tempo que até um Termo de ajuste de conduta (TAC) foi assinado entre Deinfra e MP, mas como os prazos não foram cumpridos, o promotor Daniel Paladino ingressou com ação solicitando que se fixasse uma data para início definitivo das obras. O processo agora está na mesa do juiz Hélio do Valle Pereira, da 1ª Vara da Fazenda Pública. Quem sabe com ordem judicial, o governo abra a porteira e o boi saia do caminho?

 

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