Solução para trânsito de carros, elevado de Canasvieiras cria novo ponto de risco para pedestres

Ansiosamente esperado por quem vive do turismo no Norte da Ilha ou, simplesmente, por quem trafega todos os dias entre Canasvieiras e Cachoeira do Bom Jesus, o elevado do entroncamento da SC-401 com a rua Luiz Boiteux Piazza é uma preocupação a mais para funcionários e pais de alunos de três unidades municipais de ensino localizadas a 50 metros da obra. A faixa de pedestres pintada no asfalto seminovo é insuficiente para segurança de adultos e crianças que atravessam a pista pelo menos duas vezes por dia, de manhã e no fim da tarde.

São 1.011 alunos matriculadas na Escola Básica Virgílio Várzea e nas creches Doralice Teodora Bastos e Clair Gruber de Souza, localizadas na rua Manoel Mancellos Moura, transversal da Luiz Boiteux Piazza, praticamente ao lado do viaduto. Juntas, as três unidades somam 170 funcionários e professores, e registram diariamente também a presença de pelo menos 300 visitantes – pais, responsáveis e acompanhantes.

“Parece que a obra ficará bonita e resolverá o problema do trânsito. Mas, os pedestres foram esquecidos, faltou passarela”, diz Patrícia Barbosa da Silva, diretora da creche Doralice, onde são atendidas 200 crianças de dois a seis anos de idade e trabalham 60 servidores municipais. Além de aumentar o fluxo e a velocidade do trânsito no entorno das escolas, a abertura do elevado deve também dificultar o acesso à rua Manoel Mancellos Moura, atualmente em mão dupla. “O ideal é sentido único, com acesso só para a Luiz Boiteux Piazza”, confirma Patrícia, antecipando que a terceira creche está prevista para terreno da prefeitura, ao lado das duas já existentes. “O fluxo de carros vai aumentar”, avisa.

A preocupação é a mesma na creche Clair Gruber de Souza, confirma a diretora Lilian Cristina Luz. Lá, são 130 crianças de seis meses a cinco anos, e 40 funcionários. O engenheiro do Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura), Ivan Amaral, avisa que a responsabilidade do órgão termina no elevado. “De lá em diante, é com a prefeitura, que pretende duplicar a Luiz Boiteux Piazza. Só não se sabe quando”, argumenta.

Diretor faz vigília para orientar

Por enquanto, o trânsito lento no entorno da obra inacabada é o que proporciona segurança a pedestres. Mesmo assim, o diretor da Virgílio Várzea, Ildo Turatti, faz vigílias diárias de manhã e à tarde para orientar as crianças menores e, alguns casos, contar com o bom senso dos motoristas. Lá, são 671 alunos, da pré-escola ao 9º ano do ensino fundamental, e 70 funcionários.

Leia na íntegra em Notícias do Dia Online, 07/11/2015