IPUF desiste de plano alternativo para instalação de radares em Florianópolis

O superintendente do Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis), José Carlos Rauen, anunciou que o município não vai mais contratar radares móveis para fiscalizar as ruas da cidade. A decisão foi tomada após o TCE (Tribunal de Conta do Estado) suspender o edital de licitação para o aluguel de cinco dispositivos fixos e móveis. O município estimava pagar R$ 847.500,00 pela utilização dos equipamentos até o final do ano.
Rauen pretendia alugar os radares como medida emergencial para coibir o excesso de velocidade na Capital. Em maio do ano passado, 70 equipamentos foram desativados por determinação judicial. O município licitou, mas o processo está travado na Justiça.
A suspensão do plano alternativo irritou o superintendente. “Vamos responder ao tribunal. Esses caras [empresas] usam o tribunal para proteger os próprios interesses. Não estão preocupados com a população. As empresas não se entendem e quem paga por isso é a população”, argumentou.
O auditor do TCE, Gerson dos Santos Sicca, atendeu ao pedido de suspensão feito pela empresa Virtual Energia Indústria de Dispositivos Eletrônicos para Sinalização, que apontou diversas falhas no edital, como exigência de engenheiro eletricista ou eletrônico e garantia de um ano dos equipamentos, quando o contrato seria de seis meses. De acordo com Rauen, não há como fazer nova licitação. “Eu considero que não sai mais. Não vou ficar alimentando denúncias. Nenhum edital é 100% perfeito. Se procurarem, sempre vão achar um erro ou outro”, ressaltou.
(ND, 29/06/2o12)