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Aeroporto da Capital é o terceiro pior

Estrutura da Capital só é melhor do que Vitória e Goiânia, segundo pesquisa que aponta atrasos nas obras para a Copa
O Aeroporto Internacional Hercílio Luz, de Florianópolis, aparece em terceiro lugar no ranking dos aeroportos com maior taxa de superlotação. Entre 20 locais avaliados, a Capital só apresenta melhores condições do que Vitória e Goiânia.
O balanço foi divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que traz também uma notícia preocupante no cenário nacional: dos 13 aeroportos brasileiros que receberão investimentos para modernização e aumento de capacidade, com vistas à Copa do Mundo de 2014, nove não ficarão prontos a tempo e um será finalizado no mês em que se inicia o campeonato – “se tudo der certo”, segundo o estudo.
A pesquisa foi realizada com base no tempo médio de uma obra de infraestrutura e no estágio atual dos trabalhos em cada aeroporto. O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, admitiu que a situação dos aeroportos do país é “preocupante”, mas ponderou que os investimentos para 2014 irão surgir “naturalmente”.
Mesmo se todas as obras forem concluídas até 2014, isso não quer dizer que a aviação civil brasileira voará em céu de brigadeiro. Levando em conta o crescimento da economia brasileira, o Ipea estima que o movimento de passageiros vai crescer em média 10% ao ano, chegando a 151,8 milhões de pessoas nos 13 aeroportos da Copa, durante o ano de 2014. Com as reformas, a capacidade dessas unidades será de 148,7 milhões.
“A análise do plano de investimentos para os 13 aeroportos da Copa sugere que as obras foram planejadas com subdimensionamento da demanda futura. O setor continua sendo planejado com o olho no espelho retrovisor, em vez de se preparar para 40 anos à frente”, diz o documento elaborado pelo Ipea. O instituto lembra que o governo federal assegurou à Infraero R$ 5,6 bilhões para investir nesses 13 aeroportos, para um aumento de 57,4% na capacidade.
Como solução para o possível atraso, o Ipea sugere que o poder público poderia estabelecer procedimentos diferenciados em relação às obras de infraestrutura nos aeroportos, a fim de diminuir a demora na execução das diferentes etapas desse tipo de investimento. O instituto também menciona a participação da iniciativa privada. Consultada, a Infraero disse que desconhece as bases técnicas utilizadas no estudo do Ipea e não participou de qualquer discussão.
Superlotação afeta 14 dos 20 pesquisados
O estudo do Ipea traçou um panorama dos 20 principais aeroportos brasileiros (não somente aqueles que serão usados na Copa). A pesquisa ressalta que, com o forte crescimento da demanda, sem o respectivo aumento da capacidade operacional dos aeroportos, 14 funcionaram acima do limite em 2010.
Dos 20 maiores, apenas três estavam em situação adequada no ano passado, ou seja, com taxa de ocupação inferior a 80%: Galeão (RJ), Salvador e Recife. Outros três estavam em situação preocupante, com taxa de ocupação entre 80% e 100%: Curitiba, Belém e Santos Dumont (RJ). A taxa é obtida a partir da divisão do número de passageiros movimentados pela capacidade do aeroporto.
Em 14 aeroportos a situação é crítica, com taxa de ocupação média de 187,15%. A pior situação é de Vitória (472%), seguida por Goiânia (391%) e Florianópolis (243%). Nesta semana, o governo de SC divulgou que o edital para as obras de ampliação do Aeroporto Hercílio Luz será lançado no dia 22 de maio. Pelo projeto, o novo terminal terá capacidade para atender a 2,7 milhões de passageiros por ano, volume próximo ao registrado em 2010 (2,67 milhões) e quase 2,5 vezes a capacidade atual. A obra ficará pronta em março de 2014.
(DC, 15/04/2011)

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