Rodoviária terá gestão privada

Da coluna Visor, por Rafael Martini (DC, 02/12/2010)

Só falta a decisão política para bater o martelo. Há consenso no governo do Estado de que o caminho para resolver o problema do Terminal Rodoviário Rita Maria, em Florianópolis, é transferir a gestão para a iniciativa privada. Altamir José Paes, presidente do Deter, já encaminhou para o governador Leonel Pavan relatório em que sugere a concessão da rodoviária para a empresa que apresentar o melhor projeto pelo menor preço, via licitação pública.

A palavra final caberá ao governador eleito, Raimundo Colombo, a partir de janeiro. Paes estima que serão necessários cerca de R$ 5 milhões somente para as obras de reforma do prédio. Dinheiro que já seria investido pela concessionária vencedora do edital. Somente na última temporada de verão, passaram pelo terminal 284 mil passageiros e 14,5 mil ônibus. A previsão para este ano é de um aumento de até 15% no movimento, já que o Carnaval será somente em março.

Rodoviária: foco na gestão

Da coluna Ponto Final, por Carlos Damião (ND, 02/12/2010)

Os estudos para privatização do Terminal Rodoviário Rita Maria não são recentes. Ganharam força este ano, depois que Leonel Pavan assumiu o governo no lugar de Luiz Henrique da Silveira. E só não foram adiante porque o edital, da forma como foi elaborado, favoreceria uma empresa paulista. Como ficou tarde demais para desencadear um novo processo, deixaram o assunto de lado, mas providenciaram a oportuna “desqualificação física” da rodoviária para abrir caminho à ideia. O Estado tem que parar com essa mania de livrar-se dos problemas, entregando-os à iniciativa privada. Por que o setor público não pode ser competente? A questão é uma só: foco na gestão, com baixo custo e eficiência.