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Lideranças do Norte da Ilha têm dúvidas sobre estaleiro em Biguaçu

Do blog de Celso Martins (Sambaqui na Rede, 20/04/2010)

O OAX Estaleiro-SC a ser implantado na localidade de Tijuquinhas (Biguaçu), vai provocar impactos profundos na Baía Norte de Florianópolis e suas praias, afetando as atividades turísticas, recreativas e esportivas, a maricultura e a pesca, entre outras, afirmou o dirigente do ICMBio Apoena Figueiroa, durante reunião realizada na noite de segunda-feira (19.4) pelo Conselho Comunitário do Pontal de Jurerê/Daniela (CCPontal). O órgão federal oriundo do desmembramento do Ibama, emitiu parecer contrário à concessão da licença ambiental para o empreendimento, que se encontra nas mãos da Fatma, cujos principais pontos foram reproduzidos em postagem anterior.

A reunião teve a presença de um numeroso grupo da empresa responsável pelo estaleiro, sob o comando do engenheiro elétrico Paulo Monteiro, diretor de meio ambiente, formado por técnicos de diversas áreas. Segundo Monteiro, já teve início em Biguaçu um curso de capacitação para trabalhadores que vão atuar no empreendimento. Ele contestou o parecer do ICMBio e informou que o estaleiro vai construir seis plataformas de exploração de petróleo por ano, além de realizar manutenção em navios petroleiros. “Não será um porto”, garantiu.

O saldo é de dúvidas em relação ao empreendimento. Everton Staub, presidente da Associação de Moradores e Proprietários de Jurerê Internacional, por exemplo, é contra o empreendimento, mesma posição de lideranças como o ex-vereador Rogério Queiroz e outras. O empresário Ernesto Santiago, representando a ACIF e que projeta um empreendimento náutico na Ponta do Leal, argumentou a favor do empreendimento. Outros, entretanto, como o professor Honorato Tomelim, preferem estudar melhor o assunto antes de tomar uma posição.

E agora? Muitas outras reuniões serão realizadas. A de Sambaqui, envolvendo as entidades comunitárias do distrito de Santo Antônio, está sendo agendada pela direção da ABS. Os moradores da praia do Forte também estão se movimentando. O staf da OAX é poderoso, bem pago, com discurso afinado, formado por profissionais de primeira linha. Vão usar todos os argumentos e instrumentos possíveis para convencer a população sobre os benefícios do empreendimento, obter a licença ambiental da Fatma e executar uma obra de US$ 3 bilhões. O Ministério Público Federal abriu um procedimento (inquérito) sobre o caso.

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