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Enterrado na tranquilidade

Praia da Daniela, no Norte da Ilha, em Florianópolis, convida ao sossego

O sossego era tanto ontem na Praia da Daniela, no Norte da Ilha, em Florianópolis, que todas as crianças – e eram muitas – pareciam gritar ao mesmo tempo e isso não fazia barulho.

A tranquilidade parecia ainda mais inusitada quando comparada à cena da areia e do mar cheios de gente. Até a música da carrocinha de drinques era mais suave; só de bem perto era possível identificar o axé carnavalesco que saía das caixinhas de som.

É tudo uma questão de combinar com o ambiente, diz o vendedor Arnaldo Silva que, em outros anos já trabalhou em Canasvieiras e Ingleses.

– Lá, se a gente deixa o som assim, ninguém nem ouve, tem que ser mais alto mesmo – diferencia.

Toda essa paz era o clima ideal para receber a família de Josemir Werlang, de Descanso, no Oeste. Ele só tinha duas preocupações: a primeira era cavar um buraco com água na areia para o filho Valentim, dois anos, brincar. A segunda: convencer o menino a deixar de lado o picolé de coco e acompanhá-lo no buraco. Valentim ficava um pouco, cavava com a pá de plástico, saía e corria ao redor. Tudo bem. Mesmo sozinho, Josemir divertia-se erguendo muros em sua obra.

Deu até para ler em inglês sobre Química Orgânica

Mas o dia era propício até a atividades mais ambiciosas. Ali perto, Vanessa do Nascimento lia um artigo em inglês, cheio de desenhos de cadeias de carbono, para seu mestrado em Química Orgânica. O projeto é sintetizar moléculas que suprem deficiências de enzimas que eliminam os radicais livres causadores de doenças como os males de Alzheimer e Parkinson.

– Quando eu venho para a praia e digo que vou aproveitar para adiantar a leitura é normal não acreditarem. Mas aqui é bom, às vezes até melhor do que na biblioteca, porque é mais relaxado – diz.

A facilidade de ficar ali refletia-se também no acesso, sem filas ou congestionamento, apesar de quase todas as vagas do estacionamento estarem ocupadas. Dava até para passar na praia e aproveitar aquela calmaria toda antes ou depois de ir a outra mais agitada. Amanda Carolina da Silva, 15 anos, fez isso. Após brincar na água com o primo Gabriel, cinco anos, seguiria para os Ingleses com a mãe e o irmão, que esperavam ali perto, sob a sombra de uma árvore.

(DC, 12/01/2010)

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