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Vereadores são ameaçados pelo telefone

O clima está tenso entre os vereadores que são membros do Conselho de Ética da Câmara da Capital, responsáveis pela investigação das suspeitas de quebra de decoro parlamentar levantadas contra os vereadores Juarez Silveira (sem partido) e Marcílio Ávila (PMDB) pela Operação Moeda Verde, da Polícia Federal (PF), deflagrada no dia 3 de maio para apurar supostas negociações de licenças ambientais.

Desde a semana passada, quando o conselho começou a tomar depoimentos de testemunhas e dos dois vereadores citados, quatro dos cinco integrantes do grupo receberam ligações intimidatórias. Em dois casos, houve ameaças explícitas, sempre anônimas.

O caso mais recente foi registrado ontem pela manhã, quando Ângela Albino (PC do B) recebeu, em seu aparelho celular, a terceira chamada de teor ameaçador desde que começaram os trabalhos do conselho.

Antes, em duas oportunidades, Ângela fora acordada por telefone, mas em seu número residencial.

Nas ligações, uma voz masculina não-identificada disse para a vereadora “tomar cuidado” porque é “jovem e tem filhos”. Na chamada de ontem, o interlocutor não falou nada, disse a parlamentar.

Experiência semelhante foi vivenciada pelo tucano Gean Loureiro, que também ouviu de uma voz não-identificada para “tomar cuidado”.

O pedetista João Batista Nunes e o presidente do conselho, João Aurélio Valente Júnior (PP), também foram alvo de ligações que classificaram de “estranhas”. João Batista disse que foi acordado em casa, perto da meia-noite de domingo, por uma chamada na qual, a exemplo do que ocorreu com Ângela, ninguém falou nada do outro lado da linha.

Conselho garante que não vai recuar

Já João Aurélio contou que recebeu uma ligação “estranha” em casa. A chamada foi no início da madrugada de sábado.

– Eu só ouvia umas vozes no fundo, ninguém falava nada, foi estranho – definiu o parlamentar, ontem, momentos antes de ir para a reunião do conselho.

Os casos devem ser registrados na polícia hoje. Os parlamentares garantiram que as ameaças não farão o conselho “recuar” de seu objetivo de esclarecer se Marcílio Ávila ou Juarez Silveira cometeram qualquer ato que possa ser caracterizado como quebra de decoro parlamentar.

Nesta semana, o conselho deve encerrar a fase de diligências e encaminhar relatório parcial aos envolvidos, que, a partir daí, terão cinco sessões para apresentar a defesa.

(João Cavallazzi, DC, 19/06/2007)

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