Mais de 1,5 milhão de moradores dos 36 municípios litorâneos de Santa Catarina poderão sofrer o impacto gerado pela elevação do nível do mar em decorrência do aquecimento global, que, conforme estudo divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente ontem, subirá até 1,5 metro até 2100.
Realizado pelo cientista José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Mudanças Climáticas e seus Efeitos sobre a Biodiversidade Brasileira mostra que 42 milhões de brasileiros que vivem nas zonas costeiras podem ser afetados com o avanço de até meio metro do Oceano Atlântico durante este século.
Já o estudo Diagnóstico sobre os Efeitos da Elevação do Nível do Mar, coordenado pelo professor Paolo Alfredini em conjunto com Emilia Arasaki, chega a apontar a elevação de 1,5 metro no cenário mais crítico.
Causado pelo derretimento das geleiras , o aumento no nível do mar atingiria os mais de quinhentos quilômetros do Litoral catarinense.
– Todas as cidades seriam afetadas, em menor ou maior grau. As cidades litorâneas construídas sobre áreas baixas, como manguezais, por exemplo, serão mais facilmente alagadas – revela o oceanógrafo e pesquisador do Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar), Marcus Polette.
Ocupação desordenada piora o quadro no Estado
As cidades que sofreram uma ocupação imobiliária desordenada, reflexo da falta de um plano diretor responsável, sofrerão. Municípios que, ao longo dos anos, receberam construções sobre a areia, como Balneário Camboriú e Itapema, também deverão sentir as conseqüências.
– Se a previsão se concretizar, as conseqüências serão expressivas no Estado. Além da população, que precisará ser desalojada em certas áreas, o aspecto econômico poderá ser muito afetado – diz Carlos Kreuz, presidente da Fundação do Meio Ambiente (Fatma).
Difíceis de mensurar, a perdas de patrimônio e a desvalorização de ativos serão fato caso as previsões se realizem.
– Boa parte do PIB de Santa Catarina depende de turismo, pesca, portos e construção civil, sem falar em comércio e serviços. Todas estas áreas serão afetadas pela elevação do nível do mar. Os órgãos competentes do governo precisam se reunir com técnicos do setor para encontrar soluções. É necessário repensar o tipo de desenvolvimento que queremos – defende Polette.
Cenário projetado
Conclusões sobre os efeitos do aquecimento global no Brasil até 2100
> A temperatura do ar deve aumentar, em média, 4°C. Na Amazônia, a elevação pode chegar a 8°C
> A floresta perderá capacidade de absorver gás carbônico
> A quantidade de chuvas diminuirá na Amazônia, que adquirirá características de cerrado até final do século 21
> No Nordeste, o clima se transformará de semi-árido em árido
> Com o calor, aumentará o risco de incidência de doenças como malária, dengue, febre amarela, encefalite, salmonelose e cólera
> No cenário mais crítico, o nível do mar eleva-se em 1,5 metro até 2100
> Com a entrada de água salgada nos estuários, deverá haver diminuição de espécies de peixe
> Ondas de calor poderão causar a morte de pessoas, principalmente de idosos e crianças
> A queda da produtividade agrária pode agravar a desnutrição
(Laura Coutinho , DC, 28/02/2007)
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2 Comentários
é um fato concreto já observável em algumas praias que perdem parte de sua faixa de areia. Cerca de 1 a 1,5 metros de recuo ao ano parece ser , variando segundo a natureza do terreno ( petrografia )Obras a serem realizadas devem contemplar a recomendação da ONU de nenhuma obra em áreas de baixios ou mangues, devido a erosão e recuo destas áreas. Problemas imobiliários sérios a enfrentarmos pela negligência do poder público no planejamento da urbanização. A água de áreas como a Lagoa do Peri será contaminada pelos sais com certeza.Regiões como Aeroporto, Sta Mónica,Costeira, Rio Tavares serão críticas necessitando elevação das estradas, redes pluviais, de água, esgoto,etc. Tem alguém replanejando? Não creio.
Eu estiva na praia da Daniela no dia 11/11/2007 e vi que não tem mais praia será que vai ficar sempre assim e a tendencia a almentar mais o nivél do mar ?