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A segurança no Norte da Ilha

Da coluna de Carlos Damião (ND, 31/08/2011)

Suposto documento escrito por policiais militares indica descontentamento com a situação na região

Impressionante o relato que recebi, supostamente escrito por um grupo de policiais militares, sobre a situação da segurança pública no Norte da Ilha de Santa Catarina. Muito além da calamidade – duas viaturas para atender a imensa área populacional entre Cacupé e Rio Vermelho –, há fortes indícios de que o comando do 21º Batalhão da Polícia Militar esteja exercendo forte pressão sobre as entidades comunitárias, para evitar a difusão de críticas e denúncias sobre a precariedade da segurança. Um colaborador da coluna chega a usar a expressão “mordaça”, quando se refere ao relacionamento entre o comando local da PM e os Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs). E tem mais: “Não bastasse isso, está deixando a comunidade a ver navios, e isso tem causado um estresse muito grande na tropa. Por isso não trabalhamos contentes nas ruas. Senhores, é muito, mas muito grave, a nossa situação”, diz um trecho do documento, escrito em forma de desabafo e com conhecimento de causa, dirigido ao governador Raimundo Colombo.

Providências

Nesta terça-feira (30), em seu Twitter, o comandante da Polícia Militar, coronel Nazareno Marcineiro, publicou uma sequência de informações, em resposta ao questionamento de um cidadão: “Temos conhecimento das nossas deficiências e estamos trabalhando muito para melhorar a segurança no Norte da Ilha. Nossas ações não têm demonstrado o efeito planejado, por isso, vamos utilizar o Bope, Choque, Cavalaria e Canil”.

Realidade

Disse mais o coronel Nazareno Marcineiro, num diálogo com a delegada federal Júlia Vergara: “Nossos policiais militares estão nas ruas, não em número suficiente, mas na quantidade que dispomos.

Temos conhecimento da necessidade da PM presente no seio da comunidade, e por isso, estamos realizando a maior reposição de efetivo na história da PM, 1.600 PMs em um ano”.

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