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Prefeitura prevê R$ 2,5 bilhões até 2030 para universalizar água e esgoto e melhorar situação do lixo e drenagem da chuva

A cidade de Florianópolis está mais perto de contar com o seu Plano Municipal de Saneamento Básico, que tem o objetivo de estruturar a universalização dos serviços de saneamento, abastecimento de água, manejo do lixo e drenagem da água da chuva na cidade.

Ontem, o prefeito Dário Berger (PMDB) assinou o encaminhamento do projeto à Câmara Municipal e apresentou as diretrizes, na prefeitura, para vereadores, secretários e líderes comunitários.

O plano – orçado em R$ 2,5 bilhões – começou a ser elaborado em janeiro de 2009 e projeta as melhorias para os próximos 20 anos. É um documento obrigatório pela Política Nacional dos Resíduos Sólidos. Os municípios que não tiverem seus planos até agosto de 2012 não receberão recursos da União para saneamento.

O projeto foi coordenado pela Secretaria de Habitação e Saneamento Ambiental, com base nas diretrizes para o setor presentes no Plano Diretor – em fase de elaboração. Entidades de classe e sociais participaram de oito audiências, que contaram com aproximadamente 350 pessoas, para fazer o diagnóstico atual e descrever as necessidades das quatro áreas. O projeto foi elaborado com a consultoria da empresa MPB Engenharia Sanitária.

Entre as principais metas, está o aumento de 51% para 70% o percentual de moradores atendidos por tratamento de esgoto até 2015.

De acordo com o prefeito, o plano cria programas que precisam ser cumpridos por concessionárias e órgãos municipais. Dário Berger solicitou o apoio da população.

– Para ampliar o atendimento, precisamos instalar os emissários submarinos nas praias dos Ingleses e Campeche, mas ainda encontramos resistência das comunidades. Os licenciamentos ambientais também são difíceis. Se temos dificuldade para construir o elevado Rita Maria, imagine para obras de saneamento – observou o prefeito.

Mas o mais difícil será cobrar as obras da concessionária e buscar os recursos. Ontem, a prefeitura conseguiu R$ 300 milhões de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para começar a concretizar as metas. Uma delas foi confirmada ontem, com a assinatura do convênio do projeto Cidade Limpa entre a prefeitura e a Casan. Em 2011, serão fiscalizadas 20 mil ligações, para verificar se o esgoto está sendo direcionado para a rede pluvial.

(ROBERTA KREMER, DC, 22/02/2011)

Proposta inclui subir índice de reciclagem
As propostas do Plano de Saneamento Básico para a água, lixo e drenagem são ousadas. Um dos focos é ampliar o abastecimento de água potável até chegar a 100% em 2030. Hoje, há bairros que não contam com tratamento, como a Costa da Lagoa.

Investir em educação é um dos requisitos para reduzir a quantidade de lixo encaminhado para aterros sanitários. A Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap) terá o apoio de entidades como o FloripAmanhã.

– Nosso índice de reciclagem é de 6%. A sociedade também precisa fazer sua parte – diz o vice-presidente da FloripAmanhã, Otávio Ferrari.

No sistema de drenagem da chuva, o mais crítico, a maioria dos tubos é da década de 1940, quando a população era de 30 mil pessoas, 14 vezes menor do que os 421 mil atuais.

(DC, 22/02/2011)

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