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Oceanogafia da UFSC pesquisa, desde 2016, registros de terremotos no estado

Projeto financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), com apoio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Oceanografia Integrada e usos múltiplos da Plataforma Continental e Oceano Adjacente – Centro de Oceanografia Integrada (INCT–Mar COI/Geodiversidade) descreve registros de terremotos no passado geológico, como evidências desses eventos em Florianópolis e regiões adjacentes. Os primeiros trabalhos com estes registros foram publicados em 2016.

Durante a realização do projeto foi feita a aquisição e a integração dos dados geofísicos da plataforma interna adjacente à Ilha de Santa Catarina e regiões vizinhas, antes esparsos e desconectados, numa extensão de 456 km de dados sísmicos de alta resolução. A pesquisa mapeou as áreas marinhas da Baía da Pinheira, Baía de Tijucas e Ilha de Santa Catarina. Como um dos principais resultados, foi o encontro de extensos depósitos de sedimentos subsuperficiais com a presença de estruturas deformadas na região marinha adjacente ao norte da Ilha de Santa Catarina (30 metros de coluna de água), que foram descritas como resultado de atividade sísmica, devido à existência de sedimentos deformados (de 20 a 30 metros de espessura).

Uma variedade de fatores pode causar deformação de sedimentos, entretanto quando se encontra depósitos extensos como correlação lateral como os vistos nos registros de subsuperfícies (sísmica rasa) obtidos, mesmo em regiões onde existe pouca atividade sísmica, como em SC, é um indicativo de presença de atividade sísmica (leve a moderada).

O tipo de dimensão do depósito deformado tem uma relação direta com a magnitude do abalo sísmico. Estruturas de liquefação dos sedimentos, como os encontrados na região, estão associados a magnitudes maiores que 5 e a distâncias não maiores que 40 km do epicentro (estatisticamente a literatura diz que isso ocorre em 90% dos casos). Isto implica que o epicentro que gerou estes sedimentos localizou-se no passado geológico próximo à Ilha de Santa Catarina e pode ter sido de magnitude maior que o registrado no dia 13 de abril de 2018 (magnitude 3,6).

Os estudos mostraram ainda que houve duas fases de atividades sísmicas desde o Pleistoceno Superior, o que parece indicar a existência de processos de reativação de falhas geológicas. Nestes mesmos estudos foram identificadas falhas nos depósitos de sedimentos ao sul da Ilha, que coincidem com a área do epicentro do registro de abalo sísmico que que ocorreu no dia 13 de abril.

Com informações do professor Antonio Henrique da F. Klein, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Oceanografia

(Ufsc, 16/04/2018)

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