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Florianópolis terá apagão por causa dos ecochatos

Da coluna de Aluizio Amorim (O que pensa Aluizio, 27/11/2007).

Por conta dos ecochatos que infestam Florianópolis, a capital catarinense corre o risco de viver um verão marcado pelos apagões de energia elétrica. É que a temporada atrai milhares turistas e aumenta muito a demanda de energia elétrica. A Ilha, onde está a maior parte do município da capital, possui 42 praias e belezas naturais arrebatadoras e, por enquanto, uma razoável qualidade de vida em comparação com a média brasileira.

Nos últimos anos foi “descoberta” pelo Brasil e pelo mundo. Tanto é que recentemente até o festejado e premiado diretor de cinema americano, Francis Ford Coppola, aportou por aqui e perambulou durante três dias pela Ilha com um corretor de imóveis a tira-colo, em busca de um terreno para construir um resort e até mesmo para morar.

Os ecochatos caíram de pau, através de seus representantes infiltrados nas redações dos jornais locais. Nada mais deletério do que o jornalismo ecochato.

A cidade e todo o interior da Ilha, bem como a região metropolitana composta por mais quatro municípios têm crescido vertiginosamente. Isto tem imposto necessidade urgente de obras de infra-estrutura, entre elas, a transmissão de energia elétrica do continente para a Ilha.

No início desta semana, o presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica, Jérson Kelman, esteve aqui em Florianópolis e proferiu um vaticínio preocupante, advertindo que na temporada deste verão a Ilha corre o risco de apagão energético, segundo noticiou o jornal Folha de São Paulo desta quinta-feira.

E não será por falta de energia elétrica disponível, mas porque, segundo ele, não foram construídas linhas de transmissão ligando a capital catarinense ao restante do país porque os órgãos ambientais municipais e a Câmara de Vereadores não autorizam.

E arrematou: “Florianópolis perceberá a contradição entre a qualidade de vida e uma postura ambiental muito firme. Há uma alta probabilidade de acontecer pequenos blecautes quando houver picos de consumo no reveillon e no carnaval”.

Recentemente, para o gáudio dos ecochatos, a Polícia Federal desencadeou a “operação moeda verde” que colocou em causa vários empreendimentos na Ilha que teriam sido erguidos com obtenção de ambientais através da corrupção de agentes dos órgãos públicos. Isto é, as licenças teriam sido conseguidas por meio de propinas.

Ninguém, em sã consciência pode concordar com a corrupção, como também não pode anuir ao descaso com relação ao meio ambiente. Mas o bom senso indica que se tem de encontrar uma saída capaz de dotar a Ilha de infra-estrutura necessária e de empreendimentos que movimentem a economia, com a geração de renda e emprego.

Entretanto, os ecochatos continuam dominando triunfantes e não se vê uma autoridade, um deputado, capaz de peitar essa gente. Não há uma iniciativa nem local e nem nacional voltada a atualizar e racionalizar a legislação pertinente ao meio ambiente. O descompasso da legislação face à realidade econômica é a principal causa da prática das propinas para fazer prosperar os processos de licença e sua autorização.

Embora Florianópolis esteja numa Ilha, não possui uma marina e, muito menos, o transporte coletivo marítimo. Com isso perde economicamente. Não há atracadouro para grandes embarcações turísticas que têm de fundear a sua âncora a quilômetros da costa e fazer o traslado dos turistas em lanchas.

Há alguns anos, o empresário catarinense Realdo Guglelmi, já falecido, quis construir um hotel de luxo na Avenida Beira Mar Norte, num local que se denomina Ponta do Coral, uma ponta de terra que avança para o mar. O projeto foi abortado por uma ampla campanha deflagrada pelos ecochatos.

Hoje, neste local, há uma verdadeira favela embora nenhum ecochato que levante a voz contra o cortiço lá erguido. Da mesma forma, os ecochatos não se opõem à ocupação desordenada dos morros da Ilha. Praias como Ponta das Canas, Campeche e Ingleses, por exemplo, já foram completamente favelizadas. Nem um pio dos ecochatos.

A Ilha não possui sistema de esgotos. Há um incipiente que cobre parte do centro da cidade. No restante os dejetos vão diretamente para o mar. Inúmeras praias da Ilha já são impróprias para banho. Entretanto, os ecochatos jamais levantaram a bandeira defendendo obras de infra-estrutura de saneamento urbano para Florianópolis.

Recentemente foi inaugurado um grande e moderno shopping Iguatemi aqui em Florianópolis. No dia seguinte lá estavam os ecochatos agitando faixas e cartazes contra ao empreendimento. A obra foi erguida obedecendo a normas técnicas de alto padrão e a empresa construtora que é aqui de Florianópolis, comandada pelo empresário Paulo César da Silva, um dos mais arrojados empreendedores nativos, chegou até mesmo a bancar todas as obras públicas viárias de acesso ao shopping.

Quando foi deflagrada a operação moeda verde os ecochatos cogitaram até mesmo a demolição do shopping! ou ainda, desapropriá-lo para implantar uma escola, embora os botocudos locais, como no restante do país, sejam notoriamente avessos aos estudos.

O futuro de Florianópolis está seriamente ameaçado por uma legislação anacrônica no que respeita ao meio ambiente. Tão anacrônica que tolera que as cidades sigam crescendo sem esgoto sanitário. Aliás, a quase totalidade das cidades brasileiras não possui esgoto. As que possuem o têm de forma precária. Mas os ecochatos jamais levantam a voz contra isso.

Os ecochatos adoram chafurdar no lodaçal dos dejetos e do atraso. Afinal, a maioria dos ecochatos é de esquerda. E, como tal, são petralhas e militam em prol do atraso e da pobreza. Eles precisam disso para que Lula e seus sequazes mantenham-se no governo concedendo-lhes o privilégio de usufruir suas boquinhas no serviço público.

Os ecochatos de Florianópolis, como das demais cidades do resto desse imenso Brasil fizeram um pacto em favor da volta aos tempos do boi e do arado. Aqui na Ilha já estamos adquirindo lamparinas e velas para enfrentar o verão. Quem estava planejando vir para Florianópolis nesta temporada, esqueça. A não ser que queira se incomodar.

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