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Artigo escrito por Laudelino José Sardá – Jornalista e professor (DC, 13/02/2012)

Floripa sonha com projetos megalômanos e menospreza soluções fáceis e imprescindíveis à sua qualidade de vida.

Se a prefeitura se obrigasse a construir calçadas sem desníveis, implantasse ciclovias nas principais vias, dotasse os bairros de parques, (re)urbanizasse com rigor técnico os balneários, valorizasse as heranças culturais, as artes, a história e a natureza, tudo isso, quem sabe, custasse menos que uma dúzia de tapetes pretos.

Prevalecem, contudo, o devaneio e a soberba de uma corte na ambição de transformar a Ilha em uma Singapura, com viadutos, pontes, túneis e mais e mais concreto para estufar a cidade com patentes internacionais.

Danem-se a história, o legado cultural, o bruxo Franklin Cascaes, os 168 anos de literatura, a riqueza musical, o cinema, o pescador, as figuras folclóricas. Enfim, Floripa é jogada na rotina do descartável, na euforia de festas e ostentações daqueles que se alimentam das badalações.

Barcelona tem a fama de cidade da orgia e da bebedeira, mas sustenta sua imagem numa história alucinante que se origina na Idade Média. Então, qual a cidade que desponta no ranking mundial do turismo sem cultivar sua história e cultura?

A Alemanha reconstruiu a sua história depois das guerras porque sem ela não sobreviveria. Por que a nossa tem que sucumbir estupidamente diante de insensatos sonhadores?

É por isso que Floripa precisa ser reconstruída na simplicidade e na riqueza da sua história e cultura para alcançar não apenas o respeito à singularidade da natureza, mas o vigor de um legado capaz de restaurar a sua identidade. Assim, o shopping não seria mais agasalho de turista. Quem sabe acordamos a corte para que o vento Sul da penitência leve para longe o supra-realismo tupiniquim.

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