06 out Demolições em áreas de risco
A residência de Valdir Cirino, no Alto da Caieira do Saco dos Limões, em Florianópolis, veio abaixo ontem. Este é só o terceiro de 80 imóveis em áreas irregulares que a prefeitura de Florianópolis pretende fazer sumir do mapa.
O objetivo é demolir todas até o final do mês e, depois, continuar com uma média de duas demolições por dia em áreas de risco. A operação vai ao encontro de uma ação já anunciada pela Celesc de cortar gatos (ligações clandestinas de luz) de 8 mil residências na Grande Florianópolis, localizadas em áreas ilegais.
Ontem, completou uma semana que a casa de Cirino, 28 anos, estava amarrada por uma corda para não cair. Pela manhã, técnicos da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) demoliram a residência, que corria risco de cair em cima de outras moradias.
Sem muito alarde, a prefeitura de Florianópolis concretiza com esta demolição uma operação para derrubar uma média de duas casas por dia em áreas irregulares da Capital.
Segundo o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano de Florianópolis, José Carlos Rauen, o objetivo é frear as ocupações irregulares na cidade.
Imóveis que integram a lista estão desocupados
A Floram já tem um mapeamento de 80 casas. Todas sofreram algum tipo de abalo em função das chuvas recentes e os moradores já deixaram os locais. Estas serão as primeiras a vir abaixo, como a de Valdir.
– Vamos continuar por tempo indeterminado esta operação até que possamos combater o crescimento indiscriminado de moradias de risco na cidade – disse Rauen.
Segundo o secretário, nos próximos dias, será disponibilizado um disque-denúncia (161) que funcionará 24 horas e que poderá receber ligações anônimas. A operação une várias secretarias da Capital e, amanhã, está marcada uma reunião para apresentar o plano para o prefeito Dário Berger. Os dois primeiros imóveis demolidos em áreas irregulares foram os quiosques do Parque da Luz, derrubados na sexta-feira.
Os imóveis
> 4 no Maciço do Morro da Cruz (Serrinha, Morro da Penitenciária, Morro do 25, Morro do Céu, Monte Serrat, Morro da Caixa, Tico-tico, Mocotó, Mariquinha e Queimada).
> 4 na região do Rio Papaquara (na divisa entre Canasvieiras e Ingleses)
4 na comunidade da Vila do Arvoredo (Ingleses)
> 4 no Rio Tavares, no Sul da Ilha
> 4 na Costeira, região central
> 4 na Vila Aparecida, na região continental
Fonte: Floram
(DC, 06/10/2009)